“Fortalecer a Agricultura Familiar” é um dos eixos do programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, lançado pelo governador Eduardo Leite e pela secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, na última semana, no Palácio Piratini. Ao longo do próximo ano, R$ 35,3 milhões serão investidos nas pequenas propriedades e agroindústrias familiares do Rio Grande do Sul.
Segundo o secretário adjunto da Seapdr, Luiz Fernando Rodriguez Junior, serão R$ 30,3 milhões para a agricultura familiar e R$ 5 milhões para a agroindústria familiar. Dos R$ 30,3 milhões, R$ 19 milhões irão para a contratação de 705 financiamentos de aquisição de máquinas, equipamentos, insumos, construções e ampliações que beneficiarão agricultores e pecuaristas familiares, camponeses, assentados, pescadores artesanais, aquicultores, quilombolas, indígenas e suas organizações, como associações. “Esse público deve chegar a, no mínimo, 1.500 famílias. Serão R$ 15 mil para cada pessoa física e R$ 100 mil para cada pessoa jurídica”, explica.
Rodriguez Junior esclarece também que R$ 5 milhões serão para atender a 500 financiamentos de agroindústrias que estejam no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf). “Vamos priorizar quem procurar e onde mais haja a necessidade, conforme critérios técnicos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais, o Feaper, e operacionalização do Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria (Dafa) e do Departamento de Desenvolvimento Agrário, Pesqueiro, Aquícola, Indígenas e Quilombolas (DDAPA) da Secretaria. Os financiamentos serão de até R$ 10 mil para pessoas físicas, beneficiando diretamente mil agricultores”.
Haverá ainda a aquisição de equipamentos para cedência a 200 municípios, com aporte de R$ 10 milhões, beneficiando diretamente cerca de 12.500 agricultores e pecuaristas familiares, incluindo a juventude rural com potencial de sucessão familiar.
O aporte de recursos para os financiamentos se dará por meio do Feaper. O secretário adjunto explica que a forma de correção do Fundo é mais econômica. “Não queremos concorrer com os bancos, queremos ser complementares. Para aqueles que realmente tenham necessidade, o Feaper vai abrir essas linhas de financiamento, que a gente acredita que se esgotem. Queremos fomentar o setor, para que ele tenha um salto de qualidade nesse momento que, espera-se, seja pós-pandemia”.
Para auxiliar na execução dos serviços de apoio à agricultura familiar e camponesa no Rio Grande do Sul e dar efetividade ao programa, haverá contratação de 36 postos de trabalho. “Provavelmente já a partir de janeiro de 2022”, acredita Rodriguez Junior.
Foto: Fernando Dias/Seapdr