Responsável por mortalidade que pode chegar a 30% do plantel de aves em casos extremamente graves, a Doença de Gumboro torna-se preocupação ainda maior para os avicultores com a chegada das temperaturas mais altas do ano. Isso porque, aproveitando-se do clima quente, o vírus se prolifera e se espalha mais facilmente, podendo afetar seriamente as granjas com problemas de ambiência. “O patógeno causa imunossupressão nas aves, o que abre as portas para a ocorrência de diversas outras importantes doenças”, explica a médica veterinária Eva Hunka, gerente de negócios biológicos da Phibro Saúde Animal.
Listada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como uma das patologias de maior impacto econômico da avicultura mundial, a Doença de Gumboro é extremamente contagiosa e resistente, manifestando-se prioritariamente na forma subclínica. “Isto é, não produz manifestações ou efeitos detectáveis por meio de exames clínicos regulares”, afirma Eva, que é mestre em medicina veterinária preventiva pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ela informa que o potencial de prejuízos se agrava com a presença da cepa G15, variante brasileira do vírus. “Esta variante consegue se manter por longos períodos na cama do aviário, muitas vezes resistindo ao tratamento do ambiente e passando de um lote para o outro”, destaca a especialista.
Prova da alta transmissibilidade e resistência do vírus, a doença está espalhada por todo o território nacional. Por isso, o controle sanitário preventivo nos aviários torna-se ainda mais importante.
Foto: Wenderson Araújo / Sistema CNA-Senar