Goiás é, sabidamente, uma potência nacional no agronegócio com destaque para a pecuária, que emprega, direta e indiretamente, um a cada três trabalhadores brasileiros. O estado possui o segundo maior plantel de bovinos do País, com 23,6 milhões de cabeças registradas no ano de 2020, segundo a última Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os goianos ficam atrás apenas do Mato Grosso, com 32,7 milhões de cabeças. A PPM também aponta um aumento de 3,5% do rebanho bovino em Goiás, na comparação entre 2020 e 2019.
Os goianos também são uma potência em outra importante atividade pecuarista, a produção de leite. O estado ocupa a quarta colocação no ranking nacional de produção leiteira, tendo chegado a um total de 3,5 bilhões de litros em 2020. Também em 2020, Goiás ocupou a segunda posição nacional em quantitativo de vacas ordenhadas: 1,9 milhão, aproximadamente. Seguindo uma tendência nacional ligada à maior tecnificação da produção, a produtividade por animal subiu de 1.683 litros em 2019 para 1.702 litros em 2020. Os dados também são da PPM.
Do ponto de vista socioeconômico, o leite representa uma das mais importantes cadeias produtivas de Goiás e do País, gerando mais de 220 mil empregos diretos e indiretos, em Goiás, e mais de 4 milhões em todo o Brasil, conforme dados fornecidos pelo Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag). “Além da nossa nítida vocação para o agronegócio, somos um estado privilegiado por sua localização geográfica, estamos no centro do Brasil. Portanto, não é à toa que somos destaques, tanto na agricultura como na pecuária”, argumenta o empresário André Luiz Rodrigues Junqueira, presidente do grupo Marajoara Laticínios, empresa que acumula mais de 30 anos de mercado.
André Luiz lembra que a cadeia produtiva do leite é uma das mais importantes economicamente para os goianos, presente em 246 municípios do Estado. “Além das centenas de milhares de empregos gerados, o setor de laticínios movimentou no mercado brasileiro mais de R$ 5 bilhões só em 2020”, destaca o empresário.
Empreendedorismo e saúde
Mas além do aspecto macroeconômico, o industrial também destaca que o leite integra várias outras pequenas cadeias produtivas que impulsionam o trabalho de milhões de microempreendedores Brasil afora. “O leite e seus derivados fomentam vários pequenos negócios, muitos feitos em casa, como os das doceiras, confeiteiras, pequenas padarias e a venda de bolos, que nos últimos anos voltou a se fortalecer na nossa cultura gastronômica, gerando oportunidades e renda para muita gente”, destaca.
André Luiz lembra, inclusive, que os pequenos e microempreendedores do setor de serviços de alimentação estão entre os principais públicos da marca. “Esse é um nicho muito importante no nosso mercado, por isso frequentemente realizamos ações específicas para esses pequenos empreendedores, como a publicação de E-books gratuitos com receitas que podem virar bons produtos para vender. E já realizamos até um curso online para ajudar na gestão desses pequenos negócios”, explica o presidente da Marajoara.
O empresário ressalta também que o leite, um alimento milenar, é também sinônimo de saúde. “Dentro da indústria alimentícia, o leite está entre os alimentos que mais tiveram evolução em seus processos de produção e industrialização, desde o momento da ordenha até o envase do produto”, explica André Luiz.
Ele lembra, por exemplo, que os modernos processos de pasteurização e de esterilização, por meio do método UHT [da sigla em inglês para Ultra High Temperature], garantem um produto estéril de quaisquer microorganismos nocivos a saúde e ao mesmo tempo mantêm as características essenciais de nutrição e sabor. “Além do mais, por ser um produto de origem animal, o leite passa por uma rigorosa fiscalização e rotinas de testes previstos em lei, o que assegura um alimento ainda mais saudável e seguro”, esclarece.
Foto: Divulgação / Comunicação Sem Fronteiras