A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) iniciou mais uma distribuição de raquetes de palma forrageira. Neste ano, são distribuídas raquetes dos genótipos ‘Orelha de Elefante Mexicana’, ‘Miúda’ e ‘Sertânia’. A ação é destinada a produtores rurais do Semiárido mineiro, região que envolve municípios do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha, e alguns produtores do Leste do estado.
A entrega das raquetes de palma ocorre no Campo Experimental de Gorutuba, no município de Nova Porteirinha (MG). A iniciativa integra os trabalhos da Rede Palma, programa criado em 2017 com o objetivo de distribuir e multiplicar mudas de palma forrageira em municípios mineiros afetados por longos períodos de estiagem, o que compromete a alimentação de rebanhos bovinos, ovinos e caprinos.
Segundo a pesquisadora da EPAMIG, Polyanna de Oliveira, os três genótipos de palma distribuídos neste ano são resistentes à cochonilha do carmim, praga que ataca plantios e pode dizimar palmais. “Em Minas Gerais, essa praga ainda não foi identificada. Por isso a importância de implantar palmais já com os genótipos que são resistentes”, explica.
Como alimento incorporado à dieta animal, a palma forrageira possui características energéticas e pode ser utilizada em substituição total ou parcial de alimentos tradicionais, como o milho. Além disso, a palma se destaca por altos índices de produtividade por hectare e teores de nutrientes favoráveis ao desempenho dos rebanhos mesmo durante a seca.
As raquetes de palma que são distribuídas não têm custo para os produtores. Contudo, algumas contrapartidas deverão ser observadas, como a implantação correta dos campos de multiplicação e a condução dos plantios de acordo com as recomendações técnicas.
Além disso, alguns produtores são responsáveis por sediar unidades demonstrativas de palma forrageira em suas propriedades. As unidades são importantes para que pesquisadores da EPAMIG acompanhem o desenvolvimento da palma em diferentes municípios. Para esses produtores, a contrapartida para participar da Rede Palma é retornar ao programa a mesma quantidade de raquetes recebidas.
Ainda segundo Polyanna, em 2021 estão previstas as implantações de 19 unidades demonstrativas e 576 unidades de multiplicação de palma forrageira. Devido a alta demanda, novos produtores interessados em receber as raquetes são encaminhados para uma lista de espera.
Foto: Divulgação Epamig