O público voltou ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, para vivenciar mais uma Expointer, depois de a feira ter sido fechada aos visitantes no ano passado. No sábado, foi registrada a venda de 7.178 ingressos. No domingo, 11.769 ingressos. Embora houvesse previsão de chuva, o tempo colaborou e permitiu que os expositores restabelecessem o contato direto com o público.
Nos primeiros dois dias da feira, que ocorre até 12 de setembro, as pessoas puderam perceber a execução de protocolos de saúde. Foram orientadas a usar máscara, higienizar as mãos, manter o distanciamento social. “Estamos presenciando um clima de alegria, um ambiente positivo. Os expositores nos dizem que estão felizes por estarem aqui e vemos que os visitantes estão tendo um bom comportamento”, avaliou a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Silvana Covatti.
Também para a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina Bastos, essa largada do evento deixou uma boa impressão, lembrando que, entre as ações realizadas, há atividades educativas com o público. “O reforço dos monitores está sendo muito importante para que todos possam aproveitar o passeio com segurança”, completou a diretora.
Quem passeou pela feira foi a enfermeira Denise Nunes. Ela estava com o marido Carlos Dalenogare e o filho Alexandre, de 8 anos. Vieram de Guaíba para visitar a feira que não viam há 10 anos. “Acho ótima essa retomada. A gente não pode perder nossa cultura. Aqui, meu filho viu alguns animais que só conhecia por meio de desenho animado, como ovelha e vaca. Ficou bem feliz, conseguiu passar a mão neles”, comemorou Denise. “As ovelhas são grandes, eu pensava que eram menores”, contou Alexandre, bem feliz.
Agricultura Familiar
No primeiro dia da feira, no Pavilhão da Agricultura Familiar, foram comercializados R$ 201,9 mil. O resultado é a soma da comercialização feita pelas agroindústrias (R$ 164,2 mil), cozinhas do pavilhão (R$ 13,7 mil) e artesanatos (R$ 24 mil). Para o diretor do Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria da SEAPDR, Flávio Smaniotto, a expectativa para o primeiro dia foi superada. “Este resultado confirma o clima de retomada”, avaliou.
As artesãs expositoras, Eraci Terezinha Schwert e Nilva Elsner Schwert, de Candiota, estavam satisfeitas com o movimento. “Como não tem tanta gente no parque, não dá tumulto aqui dentro do pavilhão e as pessoas conseguem ver com calma nossas peças”, disse Nilva. Elas trabalham com lã de ovelha, confeccionando casacos, acolchoados, ponchos, meias e outros artigos. “Continuamos produzindo durante a pandemia, mas as vendas caíram porque não tinha feiras. Está sendo muito bom este retorno”, acrescentou Nilva. Eraci complementa: “Assim conseguimos ajudar no orçamento da casa, até porque tudo está mais caro ultimamente”.
Foto Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini