A suplementação mineral é essencial manter as funções metabólicas adequadas e ajudar as aves de postura a expressar todo o seu potencial produtivo. “O cálcio é um dos minerais mais importantes na dieta. Além de contribuir para a correta formação da casca dos ovos, é utilizado pelo metabolismo na formação óssea das aves e participa de processos de contração muscular, esquelética e cardíaca, coagulação sanguínea, permeabilidade de membrana e funciona como ativador e estabilizador de enzimas”, explica o médico veterinário Pedro Passamani, representante técnico comercial da Auster.
Segundo Passamani, o fornecimento de cálcio para as poedeiras deve ser diário e começar já no nascimento, de modo que o corpo e o metabolismo das aves possam ter total aproveitamento. Ele explica que é importante estar atento à granulometria do calcário, principal fonte de cálcio, de modo a respeitar a relação entre grânulos finos e grossos, sendo 100% partículas finas nas primeiras fases e de 30%:70% entre finas e grossas nas últimas fases da vida das aves. “A dieta deve fornecer um nível de cálcio entre 1,1% e4,8%, de acordo com a idade das aves. Quanto mais velhas maior a necessidade na dieta. A absorção do cálcio ocorre na sua maioria à noite, momento em que a casca está sendo formada. Dessa forma, a maior parcela do calcário grosso deve ocorrer no período da tarde, garantindo a presença do mineral no intestino à noite”, afirma.
Pedro Passamani alerta que é importante garantir a qualidade da matéria-prima usada como fonte de cálcio, ter bom programa de análises periódicas para identifica o teor de cálcio. A formulação deve ser balanceada, entregando uma adequada relação cálcio, fósforo e vitamina D, componentes intimamente ligados ao uso do cálcio.
O profissional da Auster destaca que a falta de cálcio na dieta das aves poedeiras pode afetar a qualidade da casca, a formação de casca fina e até a ausência da mesma. “Se isso ocorrer, o organismo retira o mineral dos ossos para manter o metabolismo, levando a um quadro de raquitismo, enfraquecimento dos ossos e do bico, deixando-os moles e flexíveis, fazendo com que as aves permaneçam deitadas, com dor e dificuldade de caminhar. Já o excesso de cálcio afetar negativamente a absorção do fósforo e a ação de algumas fitases”.