O vazio sanitário da soja é uma estratégia de manejo que tem a finalidade de reduzir a sobrevivência do fungo causador da Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi) durante a entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença na safra.
O fungo Phakopsora pachyrhizi foi detectado no Brasil no final da safra 2000/2001 e após duas safras já estava presente na maioria das regiões produtoras de soja do país. Como estratégia fitossanitária foi adotado o vazio sanitário, que consiste em um período definido e contínuo em que não se pode semear ou manter plantas vivas de soja em uma determinada área.
No estado de São Paulo, desde 2012 o vazio sanitário é realizado do dia 15 de junho ao dia 15 de setembro de cada ano. Cabe ao produtor manter o vazio sanitário e eliminar as plantas voluntárias de soja nas culturas subsequentes. As maiores áreas de produção de soja no Estado estão concentradas nas regiões Oeste e Sudoeste.
Programa Nacional
No dia 1º de junho de 2021 entrou em e vigência o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja – Phakopsora Pachyrhizi (PNCFS) instituído pela Portaria nº 306, de 13 de maio de 2021. “As ações no âmbito do programa são coordenadas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), mas a fiscalização e demais procedimentos são delegados a cada Estado. No estado de São Paulo compete à Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento fiscalizar o cumprimento das normas durante todo o vazio sanitário”, disse Luis Fernando Bianco, coordenador da Defesa.
O plantio experimental para pesquisa científica da soja na vigência do vazio sanitário é a única exceção na legislação, mas a lavoura deve ser autorizada pelo órgão oficial de defesa, monitoradas e controladas durante todo o período do vazio pelo responsável técnico.