Pecuária

Programa de Eficiência de Carcaça já abateu 72,5 mil bovinos em 2021

O Programa de Eficiência de Carcaça (PEC) abateu 72.566 bovinos, enviados por 534 produtores de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Minas Gerais entre março e maio de 2021. O projeto – iniciativa da Phibro Saúde Animal, Minerva Foods e Biogénesis Bagó – auxilia os pecuaristas a produzir hoje o bovino do amanhã em termos de constância de oferta, precocidade, excelente acabamento de gordura, carcaça uniforme, bom peso de abate, padronização e pH da carne.

Do total de animais já abatidos pelo PEC 2021, 85,4% são machos, revelaram as empresas parceiras no 1º PEC Performance, programa on line exibido no canal PECTV, no Youtube. Os resultados parciais mostram que 86% das carcaças pesaram acima de 240 quilos – aproximadamente 16 arrobas. Em relação à idade, 73,6% dos animais eram jovens (até quatro dentes), exigência cada vez maior do mercado internacional. Outro dado importante: 95,3% dos animais apresentaram pH adequado (menor que 5,79).

“Os mercados se tornam cada vez mais exigentes. O primeiro ponto em termos de exigência é a idade – que está muito ligada à maciez e à sanidade, já que animais mais jovens tendem a não desenvolver doenças que podem acometer animais mais velhos”, destaca Fabiano Tito Rosa, diretor de compra de gado da Minerva Foods. “China e Chile são dois mercados que exigem até quatro dentes”, exemplifica.

Para melhorar os seus indicadores de produção, os pecuaristas precisam aderir a tecnologias que ajudem a aumentar o ganho de peso. “Animais abatidos com percentual de gordura superior rendem mais para os produtores. Esse rendimento chega a ser até 4% superior”, afirma Danilo Grandini, diretor global de ruminantes da Phibro. Ele explica que o acabamento ideal exige ganho de peso igual ou superior a 800 gramas por dia. “O gado alcança esse índice com suplementação nutricional de qualidade. É preciso investir em nutrição.”

Bons programas sanitários também são essenciais para uma pecuária eficiente com foco no desempenho, destaca Bruno di Rienzo, gerente de demanda da Biogénesis-Bagó. “O planejamento sanitário deve ser feito com base no desafio dos parasitas internos e externos, assim como fatores causadores de imunossupressão dos animais terminados, como estresse, vírus e ambiente”, explica.

Convidado especial do 1º PEC Performance, o pesquisador Flávio Dutra de Resende, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), ressaltou que todas as ações necessárias para uma pecuária de sucesso exigem planejamento prévio e metas bem definidas para a recria e a fase de terminação.

“Precisamos chegar a uma carcaça pesada, ao acabamento ideal e à uniformidade do lote. Quando eu uso esses componentes a meu favor, estou produzindo os animais que o mercado deseja. Além disso, estou ganhando também na fazenda porque estou fazendo o certo para o animal no momento em que ele mais precisa. Aliás, é sempre importante pensar na nutrição adequada com base no objetivo que tenho para o gado. A partir do momento em que o pecuarista entende essa lógica, passa a usar estrategicamente essas ferramentas”, complementa o pesquisador da APTA Colina.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *