O Governo do Estado de São Paulo está investindo mais de R$ 7 milhões para prevenir e combater os incêndios florestais por meio da Operação Corta-Fogo 2021. O valor é proveniente da Câmara de Compensação – que vem de contrapartidas ambientais e que deve ser investido em áreas protegidas.
Os investimentos estão sendo utilizados para contratação de bombeiros civis, compras de equipamentos de segurança e locação de máquinas e veículos que auxiliem os trabalhos de combate às queimadas na vegetação paulista, principalmente entre junho e outubro, quando o tempo é mais seco e há aumento significativo de focos de incêndios em todo o estado.
Foram contratadas também aeronaves para atuação em incêndios nas regiões mais críticas e secas onde a probabilidade de incêndio é maior. O combate com os aviões é mais eficiente devido à sua capacidade de lançar até 1.500 mil litros de água sobre a mata, o que auxilia o trabalho das equipes de terra que combatem diretamente o fogo.
Só em 2020 foram registrados 269 focos com a queima de mais de 21 mil hectares de mata nas áreas protegidas. Entre as causas identificadas, por exemplo, estão a queima de lixo, vandalismo, queda de balão e limpeza para área de cultivo, entre outros. Neste ano, até agora, foram registrados nas unidades de conservação 12 focos de incêndios, um deles causado por fogos de artifício.
Os incêndios florestais prejudicam a vegetação, causam a morte de animais silvestres, aumentam a poluição do ar, diminuem a fertilidade do solo, além de oferecerem risco de queimaduras, acidentes com vítimas e causarem problemas de saúde na população. Esses acidentes são categorizados como desastre natural.
A Operação Corta-Fogo
Em 2010, o estado de São Paulo instituiu o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que visa, dentre outras ações, a diminuir os focos de incêndio no estado e estimular o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo para o manejo agrícola, pastoril e florestal.
Esse sistema, chamado de Operação Corta-Fogo, é composto por diversos órgãos e desenvolve uma série de atividades de forma permanente, de acordo com as necessidades e priorizações que cada período exige, dentro de um cronograma ao longo do ano.
Elas são as chamadas fases verde, amarela e vermelha:
Fase verde (janeiro a março, novembro e dezembro). Essa fase é dividida em duas etapas. A primeira delas, de janeiro a março, é dedicada a atividades de planejamento e início das medidas de prevenção e preparação. No final do ano, é realizada uma avaliação da temporada de incêndios e são iniciados os preparativos para o ano seguinte.
Fase amarela (abril e maio). A fase amarela requer foco nas ações preventivas e de preparação para enfrentar os incêndios florestais. Nessa fase, as atividades de treinamento, capacitação, elaboração e revisão de planos preventivos e de contingência ganham prioridade.
Fase vermelha (de junho a outubro). Nessa fase, as ações de combate ao fogo e de fiscalização repressiva são priorizadas e as estratégias de comunicação e campanhas preventivas ganham reforço.