No Dia Citricultor, 8 de junho, o agricultor que se dedica ao cultivo de plantas cítricas enfrenta grandes desafios como a ameaça de doença nos pomares. A mais grave delas é o Greening, doença que não tem cura e vem causando enormes prejuízos no setor. No Brasil, a praga está presente e sob controle oficial nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. No dia 25 de maio, o Ministério da Agricultura (Mapa) publicou no Diário Oficial da União, a Portaria nº317, que institui o Programa Nacional de Prevenção e Controle da praga Huanglongbing (HLB), também conhecida como Greening.
A nova regulamentação define os critérios para a manutenção do status fitossanitário das unidades da federação sem ocorrência, incluindo a obrigatoriedade de se instituir um Plano de Contingência, visando a adoção de ações imediatas a serem adotadas no caso da ocorrência da praga.
“O Greening é uma doença altamente destrutiva, causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. Uma vez que não existe cura para ela no momento, aconselho todos os produtores de citros a tomarem o máximo de cuidado possível”, argumenta o coordenador técnico de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio.
Uma novidade nas ações de prevenção foi a instituição do monitoramento obrigatório do inseto vetor Diaphorina citri e dos viveiros de mudas de citros, que precisarão ser feitos em todas as áreas de risco de introdução do HLB, incluindo nos municípios de estados onde a praga já ocorre, como é o caso de Minas Gerais.
Também foram atualizados os procedimentos relativos à delimitação e controle da praga nos estados onde ela já ocorre, visando evitar sua dispersão para as demais áreas indenes no país.
O programa foi elaborado a partir da revisão da Instrução Normativa nº 53/2008, demandada ao Mapa por instituições de pesquisa, órgãos estaduais de sanidade vegetal e associações representativas da cadeia produtiva de citros, envolvidas nas ações de monitoramento e controle da doença.