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Em cinco meses ATeG já atendeu a mais de 1.000 produtores

A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) atingiu, em maio, a meta prevista para dezembro de 2021. “A proposta era de mil propriedades. Esta semana, a equipe técnica atualizou os números e constatou que já são 1.076 propriedades atendidas. Diante deste panorama renovamos a nossa meta, que passa a ser de duas mil propriedades atingidas até dezembro de 2021”, destacou o superintendente da instituição, Francisco Olavo Pugliesi de Castro, popularmente chamado de Chico da Paulicéia.

Atendendo as cadeias produtivas de bovinocultura de corte e leite, fruticultura, olericultura e piscicultura, a ATeG está presente em mais de 60 municípios mato-grossenses. “Em 2021 começamos a atender propriedades em Nossa Senhora do Livramento, União do Sul, União do Sul, Querência, Porto dos Gaúchos, São Félix, Novo Horizonte do Norte”, acrescenta o superintendente.

Chapada. Este é o nome do sítio do Silvano Aparecido Barbosa, uma das mil propriedades atendidas pela ATeG. Localizado no Assentamento Antônio Conselheiro, em Tangará da Serra (MT), tem como destaque a produção de abacaxi. Em 2019, quando Barbosa começou a ser atendido sua produção era de cerca de 7.500 quilos de abacaxi por mês. No início de 2021, este número subiu para 9.350 quilos.

Barbosa conta que desde março de 2019, quando passou a ser atendido pela ATeG do Senar-MT tem visto sua propriedade evoluir rapidamente. “Com o diagnóstico produtivo individualizado identificamos os problemas de campo e também os gerenciais. Quando entrei no programa tinha 300 mil plantas e um custo elevado de produção. Com a assistência técnica este número chegou a 500 com muita rapidez”, conta Barbosa.

De acordo com o produtor, um dos principais problemas encontrados durante o diagnóstico foi a falta de controle e medidas sanitárias no tratamento das mudas. “Tínhamos alta taxa de mortalidade, comprometendo a formação e produção da lavoura. Por se tratar de uma cultura de ciclo relativamente longo, melhoramos os pontos de adubação e plantio mecanizado na propriedade”.

Resultados

O produtor destaca que num primeiro momento diminuiu em 45% as perdas de plantas a campo. Os custos de implantação da lavoura também foram reduzidos em 20%. “Outra coisa bem importante para a propriedade foi a adoção de recuperação de solo a longo prazo”.

Como a produção de abacaxi tem um ciclo de aproximadamente 18 meses, as ações realizadas no primeiro ano de atendimento refletiram já no ano de 2020. “A partir de julho de 2020 a produção de abacaxi vem quebrando recorde a cada mês”.

Como funciona a ATeG

O objetivo da assistência técnica é atender os produtores rurais ofertando um modelo de gestão e operação que engloba todos os processos da atividade produtiva na propriedade de forma contínua e gradativa por três anos.

Com cinco etapas, o programa abrange todo o processo a ser aplicado no desenvolvimento da propriedade rural. No primeiro momento é feito um diagnóstico produtivo individualizado, depois vem o planejamento estratégico, a adequação tecnológica, capacitação profissional complementar e avaliação sistemática de resultados.

O atendimento é individualizado e varia entre duas e quatro horas por mês para cada propriedade, dependendo da cadeia produtiva. Os produtores recebem acompanhamento personalizado, gratuito, individual e mensal. Os profissionais que atendem os produtores são capacitados para atuarem na gestão, manejo, reprodução, sanidade, instalações e nutrição.

Com a implantação do programa há uma melhora na gestão da propriedade e nos indicadores produtivos, econômicos e zootécnicos. Além disso, é disponibilizado material de apoio e o acompanhamento mensal por um software específico (SISATeG)e a participação em eventos e cursos técnicos.

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