O calendário pecuário encontra-se no período de transição, no qual a chuva reduz gradualmente, assim como a pastagem começa a perder qualidade. O resultado esperado é uma drástica redução na produtividade dos bovinos de corte.
“De maio a outubro, os animais tendem a perder peso porque a quantidade de nutrientes da pastagem, principalmente os compostos nitrogenados, está abaixo da exigência de mantença dos micro-organismos ruminais, que são a principal fonte de proteína dos ruminantes”, explica o zootecnista Bruno Pietsch C. Mendonça, diretor comercial da Agrocria Nutrição Animal e Sementes.
Segundo informa o especialista, o teor de proteína da pastagem durante o período mais crítico do ano fica abaixo de 7%, muitas vezes caindo para níveis entre 3 e 4%.
“Como resultado, os animais a pasto chegam a perder de 150 a 200g por dia recebendo suplemento mineral. O peso pode cair ainda mais, se, além da queda da qualidade, também houver diminuição da quantidade de forragem disponível, algo comum de acontecer no Brasil Central”, relata o zootecnista.
Isso significa que, em seis meses, o pecuarista pode ter um prejuízo estimado entre 0,9 e 1,2@ por cabeça, o que na cotação atual, para pagamento à vista na praça de São Paulo, em 4 de maio, representaria uma perda entre R$ 274,50 e R$ 366,00.
“Com o uso de um suplemento proteico ou proteico-energético, como é o caso da linha Protene, da Agrocria, além de evitar as perdas relatadas, esse mesmo pecuarista obteria um ganho em peso entre 150 e 500g por cabeça/dia, dependendo da quantidade de produto consumido, categoria animal e disponibilidade de forragem”, informa Mendonça.
Ou seja, comparado a um bovino alimentado apenas com capim de baixo valor nutricional mais sal mineral, a produtividade potencial do seu congênere suplementado com proteico ou proteico-energético, poderia atingir entre 1,8 e 4,2@ ou R$ 518,50 a R$ 1.281,00 por cabeça, na conversão em moeda, nos seis meses de seca.
Multiplicado por 100 cabeças, esse mesmo pecuarista deixaria de agregar um faturamento na faixa de R$ 51.850,00 a R$ 128.100,00.
Aliados do produtor – Suplementos proteicos buscam otimizar o consumo de pasto no período do ano em que sua qualidade cai drasticamente enquanto os proteicos-energéticos, além desse, objetivam aumentar a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs) no rúmen.
Os AGVs são a principal fonte de energia dos bovinos, um fator essencial ao desempenho e também ao acabamento de carcaça a pasto. Sem o acúmulo mínimo de gordura subcutânea, os animais podem ser penalizados no frigorífico.
Com ajuda dos produtos proteicos-energéticos, o pecuarista eleva a produtividade do rebanho, o que aumenta o lucro da propriedade mesmo investindo na suplementação do gado.
“Isso porque, sem suplementar, o pecuarista teria um prejuízo de R$ 366 por cabeça, devido à perda de peso dos animais, já, com os suplementos, teria um ganho mínimo de R$ 518 por cabeça, enquanto o custo da suplementação no mesmo período ficaria entre R$ 120 e R$ 220 por cabeça”, contabiliza Mendonça
Segundo centenas de trabalhos científicos, a suplementação com proteicos e/ou proteicos-energéticos é uma das mais técnicas mais simples e economicamente viáveis para aumentar a eficiência produtiva de bovinos a pasto, com benefícios nas fases de cria, recria e engorda.