O mercado equestre movimenta R$ 16,2 bilhões por ano no Brasil. O conceito de bem-estar dos animais ganha cada vez mais relevância. Afinal, cerca de 20% do gasto médio com cada cavalo equivale à alimentação, suplementação e medicamentos. O tema foi abordado em webinar técnico realizado pela Vetoquinol Saúde Animal e patrocínio da linha de suplementos nutricionais Equistro®, que contou com a participação do professor Roberto Arruda de Souza Lima, doutor em economia aplicada pela Universidade de São Paulo (USP), um dos maiores especialistas em mercado equestre no país. Ele também destacou que metade dos 5,5 milhões de equinos do Brasil é de lida, mas o cenário ensaia transformação.
“Há transição para o que chamo de ‘cavalo urbano’. Há perspectivas de, após a pandemia, as pessoas procurarem mais atividades equestres, seja para esporte ou lazer, contribuindo para o aumento do núcleo de cavalos urbanos e queda em cavalos de lida”, explica o especialista. “O cavalo urbano já pode ser encontrado até mesmo, relata, em alguns condomínios com baias em suas áreas internas”.
“Essa mudança de perfil significa também mudança na planilha de custos. Cavalos urbanos requerem cuidados mais intensivos, pois ficam mais em baias e menos a campo. Isso pode representar maior incidência de problemas de saúde e de comportamento”, assinala Antônio Coutinho, gerente de produtos para equinos da Vetoquinol Saúde Animal.
O professor Roberto Arruda de Souza Lima utiliza números para justificar a mudança de perfil da população equestre no Brasil. Do mercado total, 36% do “produto interno bruto da equideocultura” estão concentrados em animais destinados a esporte e lazer. Os cavalos de lida movimentam 53% do total. Cerca de 5% são relacionados ao puro-sangue inglês (PSI) e ao turfe e 6% a outras atividades. Além disso, o setor gera emprego direto para aproximadamente 607 mil pessoas.