O consumo de produtos provenientes da avicultura – especialmente a carne de frango e o ovo – é popular entre os brasileiros, graças a fatores como qualidade nutricional, custo e disponibilidade. Em média, cada brasileiro consome 43 kg de carne de frango por ano, in natura, segundo a Embrapa. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), também apontaram que em 2020 o brasileiro consumiu, em média, 250 ovos ao longo do ano. Sabendo disso, os cuidados sanitários nas granjas devem ser reforçados com o objetivo de evitar perdas produtivas e prejuízos econômicos importantes.
Apontada como principal causa de perdas na avicultura brasileira na atualidade, a colibacilose é causada pela Escherichia coli. A bactéria em sua forma patogênica causa prejuízos em todos os elos da cadeia de produção avícola, desde as aves no topo da pirâmide, poedeiras comerciais, matrizes, avós e bisavós, com elevado potencial genético, até as aves que chegam ao abatedouro para serem processadas e comercializadas.
O aumento da contaminação de aves pela E. coli, especialmente daquelas destinadas a consumo humano, pode vir a ser um grande problema também para a saúde pública. A Escherichia coli pode causar no homem danos similares aos causados nas aves, principalmente infecções entéricas, causando sintomas como diarreia, febre ou cólicas estomacais ou sistêmicas.
“Tendo em vista a importância do controle da colibacilose na saúde animal e na humana, é nosso dever, como profissionais da área avícola, elaborar e executar planos de contenção eficazes contra a potencialização e a proliferação desse patógeno na avicultura. Para isso, a vacinação é a opção mais segura e efetiva, aliada às boas práticas durante o processo”, avalia o médico-veterinário Dircélio Nascimento Jr., Assistente Técnico de Aves da Zoetis.
No mercado brasileiro, há duas opções de vacinas para E. coli, as vivas e as inativadas. As vacinas vivas têm a vantagem de simular a mesma rota de infecção que a E. coli patogênica sem causar prejuízos às aves. Isso é uma grande vantagem pelo fato de a vacina viva proteger as aves pelo estímulo de imunidade local (imunidade de mucosa). “A escolha da vacina correta e boas práticas de aplicação no campo certamente trarão bons resultados zootécnicos e financeiros para as empresas”, observa Dircélio.