A Yara acaba de firmar parceria com o movimento de “Otimização das Culturas de Inverno”, liderado pelo presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra. Com a alta do preço do milho e sua possível escassez para o mercado interno, o projeto visa incentivar a atuação de produtores e organizações para ampliação do plantio dos grãos de inverno – trigo, cevada e triticale – nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A iniciativa é baseada principalmente na demanda urgente da indústria de proteína animal, que utiliza o cereal para ração de aves e suínos – com a necessidade de importação do insumo -, mas poderia substituí-lo pela produção nacional do trigo, por exemplo. Com base em dados da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), a área a ser plantada com trigo e outras culturas de inverno em 2021, a partir deste mês de maio, pode crescer de 900 mil hectares para 1,4 milhão de hectares no RS, alavancando o potencial produtivo da região, que faz apenas uma safra de grãos por ano, enquanto outros estados fazem três.
“É uma questão de sustentabilidade, com benefícios para toda a cadeia. O produtor rural conseguirá maior rentabilidade e melhor aproveitamento da terra, enquanto a agroindústria não ficará dependente de apenas um insumo – mitigando assim o risco de um possível desabastecimento”, explica João Benetti, diretor comercial da Yara Brasil. “O movimento está totalmente alinhado ao posicionamento da Yara, pois temos uma atuação cada vez mais integrada com a cadeia de alimentos para continuarmos nutrindo a prosperidade do campo, em nossa parceria centenária com o agricultor brasileiro, com foco em uma entrega positiva para as pessoas e o planeta”, completa.
“Nosso objetivo é agregar valor e aproveitar uma oportunidade única. Temos um produto brasileiro, que vai aumentar a renda do produtor, ocupar nossa área de cultivo, ampliar a produção, além de movimentar toda a economia, como a indústria de máquinas, serviços e empregos. Todos os setores agradecem,” explica Turra. “Uma grande ideia precisa de grandes propagadores. O êxito está nisso. E essa ideia ganhou essa proporção incrível graças à adesão de importantes entidades e empresas, como a Yara,” saúda o ex-ministro. “Precisamos de alternativas para ocupar melhor o nosso espaço. No Rio Grande do Sul, quando acontece uma seca brutal, como na safra passada, a perda de renda para todos é muito forte. Falando sobre o ponto de vista da proteína animal, abrimos um canal para o mundo que hoje é irreversível. Por isso, esse movimento é tão importante,” finaliza.
projeto ainda conta com a participação de diversas entidades, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Embrapa Trigo, de Passo Fundo (RS), a Farsul, Faesc, Senar-RS, FecoAgro/RS, Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Asgav, Fundesa, Acav, Acergs, Embrapa Clima Temperado, de Pelotas (RS) e Embrapa Pecuária Sul, de Bagé (RS) e Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC).