O Brasil é o maior produtor mundial de goiabas vermelhas, fornecidas para indústria e para consumo in natura, com boa parte da produção localizada no estado de São Paulo, mais especificamente na cidade de Matão.
A fruta faz parte do dia a dia dos produtores desta região e, apesar do cenário mundial, a previsão é colher 70 toneladas de goiaba na safra de 2021. “Tivemos uma quebra devido à estiagem que afetou as regiões de produção e o desenvolvimento da goiaba, mas através das parcerias agrícolas, conseguimos manter a média da colheita”, afirma Bruno Trevizaneli, engenheiro agrônomo do Grupo Predilecta, produtor de goiaba na região.
Porém, apesar da previsão de colheita deste ano, a empresa teve que adequar seu formato de trabalho para acompanhar as mudanças no mercado. “Reajustamos o preço da matéria prima em todos os casos e sofremos internamento com o dólar em alta, uma vez que os insumos fabris são cobrados na moeda estrangeira ou são importados”, revela o engenheiro.
Bruno ainda esclarece que apesar do setor agropecuário ter aquecido durante a pandemia, com o mercado de goiabas foi diferente. Além dos reajustes, a empresa também lidou com a escassez de materiais em alguns casos e com o clima seco, que segundo o agrônomo, foi o verão mais seco nos últimos 15 anos, impactando diretamente na produtividade do fruto.