Algodão brasileiro de qualidade só é cultivado na Bahia, Goiás e Mato Grosso, certo? Errado! Nos últimos anos, no Estado de São Paulo, um grupo de produtores vem se destacando ao produzir algodão de alta qualidade. E, para aproveitar o excelente momento dessa commoditie e fomentar ainda mais o seu cultivo, a Cooperativa Agro Industrial Holambra acaba de lançar o projeto Ouro Branco, que visa expandir as áreas dessa cultura no sudoeste paulista.
Segundo o presidente executivo da Cooperativa Holambra, Shandrus Hohne de Carvalho, por meio do projeto, haverá a expansão das áreas de cultivo do algodão, fortalecendo a produção. “Hoje, a Cooperativa Holambra já produz e beneficia um dos melhores, senão o melhor algodão do Brasil. A qualidade de nossa fibra é padrão exportação em resistência, comprimento e micronaire (maturidade), de forma geral, estamos acima do padrão exportação. Esse projeto chega para confirmar essa tendência e ampliar as possibilidades de nossos cooperados e parceiros”, comenta.
Para dar ainda mais força ao projeto, várias melhorias já estão sendo implementadas na Cooperativa Holambra, é o que afirma Shandrus. “Investimento Estrutural nas usinas, investimento em qualificação dos colaboradores, investimento em equipamentos, melhorias nos processos resultando em eficiência operacional, com produção acima de 1.300 fardos/dia de pluma de algodão. Tudo isso por que nosso foco é ter o melhor algodão do Brasil, tanto em termos de qualidade quanto de produtividade”, comenta.
Já para os produtores rurais, o projeto vai fornecer suporte em diversas frentes, que vão desde a parceria de colheita, redução do valor dos insumos chegando até uma linha de crédito. “Identificamos as principais dores e vimos muitas oportunidades para os produtores de algodão, por isso, estruturamos um projeto que vai ajudar o empreendedor rural a ter ainda mais sucesso e retorno financeiro com esse cultivo”, explica a Gerente Logística da Cooperativa Holambra, Fernanda Langner.
Ainda segundo Fernanda, o projeto conta com toda expertise, infraestrutura e os processos já bem estabelecidos da Cooperativa Holambra, que vão desde a colheita até o beneficiamento. Mas, sobretudo, há um diferencial primordial, a alta qualidade do algodão proveniente da cooperativa, reconhecida por dois dos maiores laboratórios de classificação do Brasil, Amipa, de Uberlândia (MG) e Agopa, de Goiânia (GO). “Qualidade intrínseca da fibra padrão exportação (comprimento, resistência e maturidade), rendimento da pluma acima da média, 150 arrobas por hectare, investimento em tecnologia para manejo e colheita, aplicação de insumos, controle do bicudo – manejo. Enfim, isso tudo vai favorecer o Ouro Branco de uma forma determinante”, comenta.
E, engana-se quem pensa que somente os cooperados se beneficiarão do projeto Ouro Branco. Demais produtores rurais da região também poderão se tornar parceiros e utilizar as usinas de beneficiamento da Cooperativa Holambra, na cidade de Paranapanema (SP), e em um segundo momento, comercializar o produto, também por meio da cooperativa. “As vantagens para os produtores são inúmeras. Estamos proporcionando uma oportunidade histórica para que empreendedores rurais obtenham um sucesso extraordinário com essa cultura”, finaliza Fernanda.
A Cooperativa Holambra conta ainda com uma parceria com a APPA – Associação Paulista dos Produtores de Algodão – para certificação de produtores (selo ABR-BCI) e usinas ABR-UBA, todas com o respaldo da ABRAPA – Associação Brasileira Produtores de Algodão.
O projeto deve fomentar a geração de empregos na região, já que em anos anteriores, a safra do algodão chegou a empregar mais de 100 colaboradores temporários.