O investimento e a implementação de tecnologias são fatores decisivos na melhoria de desempenho reprodutivo em uma fazenda de cria. A IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) é a principal delas porque além de aumentar a capacidade reprodutiva das vacas, especialmente em período de anestro, auxilia na organização de todo o sistema.
Com o objetivo de aumentar ainda mais os índices de prenhez de vacas de corte em anestro, foi realizado um experimento durante a estação de monta 2018/2019 (de novembro a fevereiro) na Fazenda Santo Antônio, localizada no município de Araguaiana (MT), que demonstrou que a aplicação de duas doses de 2,5 ml de prostaglandina (Lutalyse®) nos animais com ECC (escore de condição corporal) ≤ 2,75, nos dias 7 e 9 do protocolo de IATF, proporcionou um aumento de 7% a 8% na taxa de prenhez.
“A aplicação da prostaglandina já era recomendada no dia 7 do protocolo, mas somente para vacas que estivessem ciclando. O estudo, no entanto, nos mostrou que a adição de uma dose ao protocolo e a implementação desse manejo para vacas em anestro resultava em maior prenhez em curto período de tempo”, explica Izaias Claro Jr., Gerente Técnico da Zoetis.
O estudo realizado por Isabella Marconato para a obtenção do título de Mestre pela UNESP/Botucatu, teve a orientação do Prof. José Luiz Moraes Vasconcelos, e apontou também que o retorno sobre o investimento ao pecuarista é de R﹩ 1,00/5,00 por vaca. “O pecuarista só tem a ganhar adotando esse novo protocolo de IATF. Primeiro, porque isso vai auxiliá-lo a entrar em um ciclo virtuoso da pecuária de cria e, segundo porque isso vai gerar lucro”, diz Isabella.
“Já tínhamos estudo semelhante com resultados positivos realizado em vacas de leite e resolvemos reproduzi-lo em animais de corte”, completa o professor.
O manejo já faz parte do protocolo de IATF da Zoetis. “Com a comprovação científica do estudo, essa é a nossa recomendação para os pecuaristas”, finaliza Izaias.