Agricultura

Brasil exporta 3,3 milhões de sacas de café em fevereiro

O volume de exportações de cafés do Brasil atingiu 3,3 milhões de sacas em fevereiro, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O dado representa um aumento de 9% em relação ao mesmo mês do ano passado. A receita cambial gerada com os embarques foi de US$ 423,7 milhões, crescimento de 4,7% em relação a fevereiro de 2020. Na conversão em reais, o valor foi de R$ 2,3 bilhões, apresentando aumento de 30,6%. Já o preço médio da saca foi de US$ 129,19 no período. Os dados são do relatório compilado pelo Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.

No segundo mês deste ano, as exportações de café verde (arábica + conilon) atingiram 3 milhões de sacas de, registrando crescimento de 11,2% ante fevereiro do ano anterior. Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 81,9% do volume total exportado no mês (2,7 milhões de sacas), o conilon (robusta) ocupou 9,5% de participação nas exportações (312,3 mil sacas) e o solúvel, 8,5% dos embarques (278,4 mil sacas). Tanto o café arábica quanto o conilon apresentaram aumento nos volumes exportados, de 8,5% e 42,7%, respectivamente, quando comparado a fevereiro de 2020.

“As exportações brasileiras de café se mantiveram firmes no mês de fevereiro, registrando o crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Analisando-se os números parciais do ano safra 2020/21, observa-se recorde das exportações entre julho de 2020 e fevereiro de 2021 em relação ao mesmo período de anos anteriores, refletindo as ótimas condições da safra passada e o potencial cenário para um novo recorde no encerramento do ciclo. Esses resultados demonstram que os diferenciais brasileiros continuam competitivos e que somados à excelente qualidade e à sustentabilidade aplicada nas lavouras, tornam o café brasileiro mais atrativo e fortemente demandado na bolsa de Nova Iorque, onde o país se destacou como uma das principais origens de entrega de cafés de qualidade”, declara Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.

Ano Civil

No primeiro bimestre de 2021, o Brasil exportou 6,9 milhões de sacas de café, apresentando um desempenho positivo em relação ao mesmo período do ano passado, com crescimento de 6% nos embarques. As exportações de café verde apresentaram alta de 8,1%, atingindo 6,3 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica (5,8 milhões de sacas) cresceram 6,7% e os de conilon (553,8 mil sacas), 25,1%. A receita cambial gerada no período foi de US$ 889,7 milhões, aumento de 1,3%, e o preço médio foi de US$ 129,46.

Principais destinos

No ano civil até agora (janeira a fevereiro de 2021), o principal destino de café brasileiro, os Estados Unidos, importaram 1,3 milhão de sacas, dado que representa 19,4% do volume exportado no período. A Alemanha, segundo maior consumidor, importou 1,2 milhão, equivalente a 17,8% de participação nos embarques. Na sequência, os países que mais importaram o produto foram a Bélgica, com 561,8 mil sacas (8,2%); Itália, com 514,2 mil (7,5%); Japão, com 350 mil (5,1%); Colômbia, com 240 mil (3,5%); Federação Russa, com 192,2 mil (2,8%); França, com 167,7 mil (2,4); Turquia, com 155,1 mil (2,3%); e Canadá, com 130,6 mil (1,9%).

Entre os destinos listados se destacaram as exportações para a Colômbia, que registraram aumento de 173%; para a Bélgica, alta de 59,9%; e para a França, crescimento de 19,4%. Os embarques para os EUA e Alemanha também apresentaram desempenho positivo com o aumento de 8,4% e 6,6%, respectivamente, em relação ao primeiro bimestre do ano passado.

Com relação às exportações por continente, grupos e blocos econômicos, a Europa registrou aumento de 3% no consumo do café brasileiro ante o primeiro bimestre de 2020, totalizando 3,6 milhões de sacas exportadas para o continente no período. As exportações para a América do Norte apresentaram aumento de 5,5% (chegando a 1,5 milhão de sacas); na América do Sul, alta de 73,7% (434 mil); na África, de 13,9% (155,6 mil); na América Central, de 158,9% (41,3 mil); nos Países Árabes, de 19,1% (304 mil); e nos países produtores, de 74% (486,5 mil). Já as exportações de café verde, especificamente, para os países produtores registraram aumento de 131,7, com o embarque de 400,2 mil sacas para eles.

Cafés diferenciados

O Brasil exportou 1 (um) milhão de sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) no primeiro bimestre deste ano, volume que representa 14,9% das exportações totais de café no período. A receita cambial gerada pelos embarques da modalidade atingiu US$ 173,7 milhões, correspondendo a 19,5% do valor total gerado no bimestre. Já o preço médio da saca de cafés diferenciados foi de US$ 169,31.

Os 10 maiores países importadores da modalidade representaram 80,5% dos embarques. Os Estados Unidos seguem sendo o país que mais recebe cafés diferenciados do Brasil, com 260 mil sacas exportadas (equivalente a 25,3% de participação nas exportações da modalidade), seguido pela Bélgica, com 130,8 mil sacas (12,8%) e Alemanha, com 127,6 mil (12,4%). Na sequência estão: Japão, com 81,2 mil sacas (7,9%); Itália, com 70,6 mil (6,9%); Turquia, com 38,3 mil (3,7%); Reino Unido, com 34,3 mil (3,3%); Canadá, com 30,8 mil (3%); Suécia, com 29,5 mil (2,9%); e Países Baixos, com 22,3 mil (2,2%).

Ano-Safra 2020/21

Nos oito primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul/20-fev/21), o Brasil exportou 31,6 milhões de sacas de café, o melhor resultado para o período dos últimos cinco anos, com destaque para o crescimento de 18% nas exportações na mesma base comparativa da safra anterior. A receita cambial com os embarques no período atingiu US$ 3,9 bilhões, aumento de 15% em relação ao período anterior e equivalente a R$ 21,2 bilhões na conversão em reais, o que representa, neste caso, alta de 51,6%. Já o preço médio foi de US$ 124,56.

As exportações de café verde no Ano-Safra até agora apresentaram aumento de 20%, com 28,9 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica registraram crescimento de 19,9% (chegando a 25,6 milhões de sacas), enquanto que os embarques de conilon tiveram alta de 21% (totalizando 3,3 milhões de sacas).

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