A estimativa de safra de batata para 2021 prospecta um aumento de 3,5%, de acordo com o Anuário 2020/2021 da Revista Hortifrúti Brasil. Apesar disso, há uma previsão de recuo de área plantada, por conta dos problemas de produção decorrentes da pandemia da Covid-19.
Desde 2006, o agricultor Manoel Polato produz batatas das variedades Asterix e Ágata, em uma área de 25 hectares, colhendo entre 600 a 800 sacas por hectare. Ele considera a atividade uma cultura de risco. Por isso, em 2021, vai manter um manejo padrão para favorecer a produtividade para comercialização in natura: “O mercado é instável e o cultivo é delicado. Por isso, tenho pivô central para garantir a água na quantidade certa, faço análise de solo e tenho suporte de especialistas para planejar meu plantio”, relata o produtor.
Há mais de 40 anos, Vladmir Varaldo produz batatas em 70 hectares em sociedade com outro produtor da região, obtendo uma produtividade média de 700 sacas por hectare. Embora sua produção seja destinada ao mercado in natura, o produtor enxerga possibilidades na batata para a indústria, usada na fabricação de produtos como batata pré-frita, farinhas e amidos. Esse mercado registrou um salto em 2020, visto a demanda de preparos durante o isolamento social.
“A batata está com bom preço, mas estamos mantendo nosso nível de produtividade por não conseguirmos prever o mercado a médio prazo. Não temos uma receita de bolo no manejo, mas acompanhamos a demanda da terra”, afirma o Varaldo. Ele destaca ainda, que a irrigação da lavoura também é um ponto importante que garante a produtividade no clima mais quente do interior de São Paulo.
A colheita é prevista para o final do inverno.