Segundo Henrique Levien, diretor da Infosafras, a irrigação das lavouras de arroz por pivô central impulsiona a produtividade e reduz custos. “A irrigação por inundação, tradicional no plantio de arroz gaúcho, quando comparada ao pivô central, tem gastos superiores. No arroz, a inundação gasta 10.000m³ de água por hectare, enquanto a irrigação por pivô central gasta 5.000m³. É uma redução de 50% no consumo de água, entregando os mesmos resultados na colheita”, comenta.
A irrigação por pivô central desempenhou um papel de destaque em relação à safra 20/21, plantada no ano passado, já que os níveis pluviais estiveram abaixo da média no período. “Devido ao baixo volume de água utilizado pelo pivô central na cultura de arroz, os agricultores que usam a ferramenta conseguiram manter suas áreas planejadas, mesmo com os baixos níveis de chuva”, explica.
Outro diferencial possibilitado pela irrigação por pivô central no Rio Grande do Sul é a rotação de culturas, que protege o solo e potencializa a produção. “Hoje, o arroz tem um casamento muito bom com a soja. Em um ano, o produtor pode plantar arroz, e no outro, soja. O pivô central atende perfeitamente essas duas culturas. Como temos um verão muito bem definido, que é seco, essa tecnologia vai auxiliar ambas. Isso dilui os custos de aquisição para o produtor”, afirma o diretor.
Diante da colheita da safra 20/21, Henrique compartilha também as expectativas a respeito da irrigação do arroz na próxima safra, que será plantada em outubro. “Este é um momento muito bom devido às condições de preço dos produtos e ferramentas. Isso vai fazer com que o produtor invista em tecnologias para o manejo da irrigação, o que pode fortalecer a próxima safra”, conclui.