Manejar corretamente a sangria da seringueira é fundamental para o sucesso da atividade. O Brasil é um dos grandes exportadores do látex, matéria-prima extraída da seringueira que é muito utilizada na produção de borracha. Atualmente, Mato Grosso está entre os cinco estados que mais produzem borracha natural no país.
Mesmo com bons índices, segundo o instrutor credenciado junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Lourival Rezende Monteiro, a cultura sofreu uma dispersão no estado. “Dentro de Mato Grosso, o plantio de seringueiras e seu cultivo já foram predominantes, mas com o passar do tempo tornaram-se cultivos isolados”.
O Senar-MT, através do treinamento Sangria de Seringueira, tem fomentado a manutenção dos cultivos ainda presentes no estado. Com carga horária de 40 horas, os participantes aprendem a extrair o látex, um dos procedimentos mais difíceis dentro do processo de produção da seringueira.
O processo de extração do látex da seringueira é denominado de sangria. Nesse método, é removido um pequeno volume da casca da árvore, permitindo o escoamento da seiva, que escorrem em pequenas canecas fixadas no tronco da árvore. Geralmente, o procedimento é realizado entre seis e oito anos do plantio da seringueira.
Monteiro lembra ainda que grande parte do látex produzido em todo mundo é destinado para a indústria de pneus. “Cerca de 82% da produção de látex vai para a produção de pneus. Um setor que necessita muito da borracha na composição do produto final”.
Cultura no Araguaia
Em Canarana, município localizado a cerca de 600 km de Cuiabá, a cultura foi a opção para o projeto de reflorestamento realizado no Assentamento (P.A) Suyá. Em parceria com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Seagri) e Sindicato Rural de Canarana, o Senar-MT ofertou o treinamento de Sangria de Seringueira para dez produtores do P.A que cultivam cerca de dez mil árvores.