A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e a Embrapa Instrumentação firmaram parceria para projetos com vitivinicultura de precisão. O contrato de cooperação técnica, válido por três anos, foi concretizado no final do mês de janeiro e prevê análises, avaliação de resultados e elaboração de artigos técnicos.
“A parceria não envolve recursos financeiros diretos. Como contrapartida a EPAMIG vai entrar com a estrutura e com a mão-de-obra da equipe aqui de Caldas e a Embrapa participa também com pesquisador”, aponta a coordenadora do Programa Estadual de Pesquisa em Vitivinicultura da EPAMIG, Renata Vieira da Mota.
O projeto vai avaliar procedimentos e equipamentos para a agricultura de precisão no sistema de produção de uvas para a vinificação, em condições irrigada e não-irrigada. A equipe da Embrapa vai realizar análises de solo, de clima e de necessidade de irrigação do vinhedo. “A partir daí vai ser feito um manejo específico para cada condição encontrada, e depois vamos avaliar como isso vai refletir na qualidade da uva e do vinho”, explica Renata, acrescentando que a EPAMIG vai acompanhar a fisiologia da planta, a produtividade, as características das bagas, e fará a vinificação a avaliação do vinho.
O pesquisador da Embrapa Instrumentação, Luís Bassoi, conta que as vinícolas Casa Verrone (Itobí/ SP) e Terras Altas (Ribeirão Preto/ SP), que adotam o manejo da dupla poda e aplicam a vitivinicultura de precisão para a qualidade dos vinhos, possuem contratos cooperação técnica com a Embrapa, e participarão do processo. Para o pesquisador “o acordo vai permitir que o trabalho desenvolvido seja complementado, de forma bastante qualificada, pela competência que a EPAMIG possui no Campo Experimental em Caldas, onde as uvas colhidas serão analisadas e utilizadas para a realização de microvinificação”.
Renata Mota esclarece que o trabalho de vinificação vai seguir o mesmo padrão utilizado pela Unidade. “Dentro da vinícola, a vinificação vai ser exatamente a mesma para todas as amostras que vierem, para ver se o que foi feito no campo vai alterar a composição do vinho”.