Faleceu no último sábado, dia 26 de dezembro, Skio Sammi, sócio-fundador do Grupo Matsuda. Sammi tinha 92 anos, foi casado com Kimiko Suzuki Sammi, “Dona Tereza”, com quem teve 4 filhos: Arilton, Mirian, Lucia e Lucy Sammi, e seis netos: Victor, Maria Thereza, lsabella, Matheus, Bruna e Isadora.
Em 1948, junto com o cunhado Schichiro Matsuda e sua esposa, Fumiko Matsuda, “Dona Diva”, acompanhado de sua esposa “Dona Tereza”, migraram do campo, onde trabalhavam nas fazendas de café da região da Alta Sorocabana, para a cidade de Álvares Machado, interior de São Paulo, onde abriram um bar. Dali, sempre unidos, no trabalho e na amizade, deram o primeiro passo, para a construção de um dos maiores grupos de empresas ligadas ao setor do agronegócio.
Antes de entrarem no segmento da agropecuária, passaram pela compra e venda, de cereais. Skio Sammi costumava viajar por todo o interior do estado de São Paulo e norte do Paraná, comprando direto dos produtores, pequenas cargas de cereais, que traziam para depósitos alugados ao longo da estação ferroviária de Álvares Machado, onde criaram uma espécie de entreposto, a Cerealista Matsuda. Dali, as mercadorias eram separadas em lotes e trazidas para São Paulo.
Mas, homens com visão de negócios, logo perceberam que o amendoim era um produto mais rentável, economicamente, e passaram a comprá-lo e revendê-lo para grandes empresas produtoras de doces, sorvetes e pastas, como Kibon e Elma Chips, entre outras. O negócio prosperou tanto que no início da década de setenta compraram a primeira fazenda do que viria a ser o Grupo Matsuda, tal como é conhecido hoje, e então, descobriram o verdadeiro ouro do campo, que é o capim forrageiro.
Nessa época, o filho mais velho de Schichiro, Jorge Matsuda, que era estudante de economia em São Paulo, assumiu o lugar do pai no comando da empresa, junto com o primo Arilton Sammi, filho de Skio Sammi, dando essa guinada para a comercialização de sementes forrageiras, e logo em seguida passando a desenvolvê-las, com sua própria equipe de pesquisadores.
A apenas três dias de aniversário da morte de Jorge Matsuda, que ocorreu em 1º de janeiro de 2020, o Grupo Matsuda, ainda enlutado, pela morte de seu diretor-presidente, sofre mais essa dolorosa perda, pois Skio Sammi, apesar dos seus avançados 92 anos, era muito ativo, amava o campo, e não deixava de visitar a sede da empresa, pelo menos uma vez por semana. Era comum encontrá-lo sempre animado e simpático com os funcionários, conversando com clientes e amigos, que por ali passavam. Ou então, viajava para uma de suas fazendas, para “olhar o gado” e junto com a filha Mirian, separar o que já estava no ponto de venda para abate. “Como seus antepassados, Skio Sammi foi um visionário e empreendedor, que vai deixar muitas saudades”.