A balança comercial do agronegócio brasileiro teve superávit comercial e exportações recordes no acumulado de janeiro a novembro de 2020, segundo dados do Ministério da Economia compilados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O saldo positivo registrado foi de US$ 81,9 bilhões, enquanto a receita com as vendas externas somaram US$ 93,6 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2019, as exportações cresceram 4,9% em valor e 10,6% em volume (204,5 milhões de toneladas).
Os principais produtos da pauta neste ano foram: soja em grãos (US$ 28,5 bilhões), carne bovina in natura (US$ 6,8 bilhões), açúcar de cana em bruto (US$ 6,7 bilhões), celulose (US$ 5,6 bilhões) e farelo de soja (US$ 5,5 bilhões).
Estes itens responderam por 56,7% das vendas externas até o mês passado. Quanto aos mercados alcançados, a China segue como o principal destino dos produtos do agro brasileiro, com participação de 34,8% das exportações. Na sequência aparecem União Europeia (16,3%), Estados Unidos (6,7%), Japão (2,5%) e Coreia do Sul (2,1%).
Novembro
No mês passado, as vendas para outros países alcançaram US$ 7,9 bilhões, queda de 1,5% na comparação com novembro de 2019. O volume embarcado foi de 15,8 milhões de toneladas, 3,5% a menos do que no mesmo mês no ano passado.
Os principais produtos exportados no mês foram o milho, o açúcar de cana em bruto, a carne bovina in natura, o café verde e o farelo de soja, que tiveram participação de 44,3% do total das vendas externas mensais. Entre os principais destinos, destaque novamente para China, União Europeia e Estados Unidos. Completam a lista dos cinco primeiros Vietnã e Japão.
Agro.BR
Entre os produtos que fazem parte do escopo de ações do Projeto Agro.BR, desenvolvido em parceria com a Apex Brasil para estimular a participação de pequenos e médios produtores no comércio internacional, destaque para os seguintes produtos: chá, mate e especiarias, produtos apícolas e lácteos.
De janeiro a novembro, o embarque de chá, mate e especiarias subiu 13%, gerando uma quantia de US$ 323,5 milhões. A receita obtida com as vendas externas de produtos apícolas foi de US$ US$ 96,3 milhões (crescimento de 39,5%) e as exportações de lácteos totalizaram US$ 68,6 milhões (alta de 30,3% em relação ao mesmo período de 2019).