“O campo está cada vez mais mecanizado”, acredita o instrutor credenciado junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Carlos Pedro Danielli. E, dentre as diversas atividades da mecanização está a pulverização da lavoura, essencial para o controle de pragas e doenças e para garantir uma safra rentável.
O Senar-MT oferece treinamento para operação do pulverizador que geralmente apresenta a maior tecnologia em eletrônica de bordo. O curso denominado “Aplicação de agrotóxicos utilizando pulverizador autopropelido” possui carga horária de 40 horas. Nele, os participantes conhecem os componentes da máquina, além de aprenderam a fazer a aplicação dos defensivos agrícolas.
A Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) classifica os pulverizadores em seis categorias: costal manual, costal motorizado, tratorizado com mangueira e pistola de pulverização, turbopulverizador, pulverização com aeronave e pulverizador de barras (tratorizado ou autopropelido).
Cada componente do pulverizador autopropelido tem uma função específica e deve ser observada com atenção por quem opera. O autopropulsor conta com o tanque, que é o local de armazenamento da calda; a bomba de pulverização, utilizada para produzir pressão transformando líquidos em gotas; comando de pulverização que é a parte responsável pela distribuição de produtos por seção com controle automático de pulverização com orientação via GPS.
O instrutor conta ainda, que a parte de maior atenção é a do setor das barras de pulverização. “Há dois componentes essenciais para a pulverização que merecem cuidado: o controle de vazão, realizada a partir das pontas de pulverização escolhida para cada produto a ser aplicado e as pontas de pulverização que tem a finalidade de colocar o produto no alvo com dose e tamanho de gota proporcional com a necessidade da aplicação”.
As barras e os espaçamentos entre os bicos devem estar sempre regulados de acordo com a altura da cultura a ser pulverizada, seguindo a orientação de um profissional da área agronômica. É importante que todas recomendações sejam seguidas para a garantia de uma pulverização sem desperdícios e danos a lavoura.
Capacitação aliada ao meio ambiente – Além dos conhecimentos técnicos relacionados à tecnologia, operadores desta máquina necessitam atender recomendações ambientais. “O ideal é que o operador seja uma pessoa capacitada tanto com conhecimentos na área de produtos, quanto na operação de máquinas agrícolas. E essa capacitação deve-se ao aumento da tecnologia e à condição imposta por órgãos ambientais quanto ao uso de produtos com maior eficiência e menor residual”.