A safra mundial de café robusta para o ano-cafeeiro 2020-2021 está prevista em 74,3 milhões de sacas de 60kg, volume 1,6% maior que 2019-2020. O Vietnã, maior produtor dessa espécie, deverá ser responsável por 29,2 milhões de sacas, volume que representa uma redução de 3% em relação à safra passada. Em relação ao café da espécie arábica a previsão mundial é que sejam produzidas 101,8 milhões de sacas no corrente ano-cafeeiro 2020-2021, safra que corresponde a um aumento de 8,5%, se comparada com a anterior.
O Brasil teve sua safra total estimada em 61,62 milhões de sacas de 60kg, número que representa 35% da produção mundial, incluindo as espécies de arábica e robusta. Tal produção brasileira contempla 47,3 milhões de sacas de café arábica, que equivalem a 46,4% da produção mundial, e 14,2 milhões de sacas de café robusta, as quais correspondem a 19% do volume físico produzido dessa espécie no mundo. Essa performance posiciona o Brasil em primeiro lugar na produção de café arábica e em segundo lugar na produção de café robusta, em nível global.
Os dados e números estatísticos da cafeicultura brasileira e mundial, que permitiram realizar estas análises e estabelecer comparações da produção dos cafés arábica e robusta pelos três maiores países produtores de café (Brasil, Vietnã e Colômbia) foram extraídos do Sumário Executivo do Café – setembro de 2020, da Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, disponível na íntegra, no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Neste mesmo contexto de análise da performance da cafeicultura, o Valor Bruto da Produção – VBP dos Cafés do Brasil, também produzido mensalmente pela SPA – Mapa, está estimado em R$ 32,5 bilhões para 2020, sendo R$ 27 bilhões de café arábica, que equivalem a aproximadamente 83% desse total, e R$ 5,5 bilhões da espécie de café robusta, que correspondem a 17% do VBP.