A mastite é uma inflamação da glândula mamária das vacas. Com isso, o leite é descartado até que o problema seja resolvido. Trata-se da doença que mais causa prejuízos financeiros na pecuária leiteira. De acordo com Antonio Coutinho, gerente de produtos de animais de produção da Vetoquinol Saúde Animal, a vaca com mastite pode representar perda média de 3 quilos e meio de leite por dia, além dos gastos com o tratamento.
Ele recomenda que os produtores priorizem medicamentos com princípios ativos eficazes, como Ceftiofur, um potente bactericida. “Se estamos falando de uma vaca de média a alta produtividade, o prejuízo diário pode chegar a R$ 50,00/vaca/dia, que representa 30% a mais do que o custo de uma dose de Ceftiofur. Ou seja, vaca tratada com rápido retorno à ordenha é lucro certo para os produtores”, destaca.
A mastite pode ser clínica (quando é possível detectar visualmente), envolvendo inflamação do úbere, além de alterações visíveis no leite, como diminuição do volume. Os animais também podem apresentar febre e falta de apetite. A mastite também pode ser subclínica, não apresentando sinais clínicos.
Nesse estágio, ela é mais perigosa, exatamente devido à ausência de sintomas, causando queda de produção e aumento do número de células somáticas. Normalmente, os produtores demoram a notar sua presença porque não há inflamação ou alterações visíveis no leite. O diagnóstico é possível apenas por meio do teste California Mastitis Test (CMT).
“É possível diminuir a incidência da mastite no rebanho leiteiro com cuidados preventivos. É preciso ter manejo de qualidade, tratando os animais com muita calma para que eles não fiquem estressados, manter a cama limpa e seca, execução correta dos protocolos necessários, mão de obra qualificada e equipe bem treinada, ronda sanitária e realização de pré e pós dipping (imersão pré e pós ordenha)”, informa Coutinho.