Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 98,5 mil toneladas em agosto. Com este número, os embarques do setor superam em 89,2% o volume registrado no mesmo mês de 2019, com 52 mil toneladas.
A receita em dólar do setor também é positiva, com US$ 209,2 milhões, número que supera em 90,7% o saldo obtido no mesmo período de 2019, com US$ 109,7 milhões.
No saldo do ano (janeiro a agosto), as vendas de carne suína totalizaram 678,3 mil toneladas, volume 44,37% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 469,8 mil toneladas.
No mesmo período, a receita de exportações totalizou US$ 1,488 bilhão, número 54,5% superior ao registrado no mesmo período de 2019, com US$ 963,2 milhões.
“A alta nas exportações é compensada com uma elevação prevista na produção interna de carne suína, mantendo em patamares estáveis a oferta para o mercado interno. O ganho em receita cambial reduz os fortes impactos causados pela alta dos grãos e pelos investimentos feitos para o enfrentamento da pandemia. As perspectivas positivas para o setor devem se manter nos próximos meses”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.
A Ásia segue como carro-chefe das exportações do setor de suínos. Principal importadora da carne suína do Brasil, a China importou em agosto 50,7 mil toneladas, volume 168% maior em relação a embarcado no mesmo mês de 2019. Outro destaque foi Hong Kong, com 14 mil toneladas (+48%). No comparativo mensal, Vietnã assume o terceiro posto entre os importadores do produto brasileiro, com 9,5 mil toneladas em agosto (no ano anterior, importou menos de 800 toneladas no mesmo período). Cingapura também elevou suas compras, com 4,4 mil toneladas (+166%). Nas Américas, as vendas para o Chile são o destaque, com 3,7 mil toneladas em agosto (+4%).