A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), em parceria com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), realizou esta semana uma blitz sanitária educativa com foco no transporte correto do algodão. Durante a ação, os técnicos vistoriaram os caminhões e reforçaram, com a entrega de material educativo, as recomendações legais para o acondicionamento e trânsito das cargas de algodão e seus derivados. A blitz, que integra a campanha “Não ao Bicudo”, tem o objetivo de reforçar as orientações para evitar que o algodão se desprenda durante o transporte e crie um ambiente propício às margens das rodovias e estradas para a proliferação da principal praga do algodão, o bicudo do algodoeiro.
Foram montados durante os dois dias pontos nas BR´s 242 e 020 que abrange as principais áreas agrícolas do Oeste da Bahia, nas Placas, Rosário, Roda Velha e Cerradão, localizadas nos municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Correntina. Agnaldo dos Santos foi um dos motoristas parados e que participou da blitz educativa. Ele acredita que a iniciativa é importante para mostrar a importância de seguir a legislação sanitária. “Estou com o caminhão vazio, irei carregar e com certeza tomarei as medidas para transportar de acordo com as recomendações”, afirma o motorista, que vai repassar as orientações para outros profissionais que transportam algodão.
O fiscal estadual agropecuário da Adab, Nailton Sousa Almeida, reforça a importância da parceria com a Abapa para levar a informação visando o cumprimento da legislação da defesa sanitária do estado. “É fundamental este papel dos técnicos do programa fitossanitário na sensibilização e orientação o que ajudam a reduzir as autuações durante a fiscalização que vem acontecendo de forma intensa durante o período da colheita”. O transporte deve seguir as recomendações da lei de defesa vegetal Adab nº 10.434/2006 e decreto da lei nº 11.414/2009, que prevê, dentre outras medidas, o envelopamento do caminhão para carregar caroços e resíduos do algodão, além de limpar e soprar o veículo após o carregamento.
O coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo, acredita que levar a informação junto aos motoristas que transportam o algodão possibilita uma mudança na rotina durante o trabalho de acondicionamento e transporte. “É preciso a união de todos nessa campanha para evitar o derramamento de qualquer quantidade de algodão nas estradas, ocasionando fluxo de tigueras, e evitando a proliferação da doença e as multas no cumprimento da lei. Até o final de julho estão previstas outras blitz educativas”, afirma. Segundo maior produtor de algodão do Brasil, a Bahia está com 30% da colheita finalizada e a previsão é de atingir a produção de cerca de 1,5 milhão de toneladas (fibra e caroço) na safra 2019/2020.