O desenvolvimento permanente de cultivares de cafeeiros que tenham vários atributos positivos de interesse dos produtores rurais, entre os quais, maior produtividade, tolerância e resistência a doenças e pragas, e que gerem grãos de alta qualidade e sejam mais adaptados às condições climáticas das diferentes regiões cafeeiras do País, tem sido uma busca exitosa e incansável dos diferentes programas de melhoramento genético desenvolvidos pelas instituições que pesquisam café há várias décadas no Brasil.
Dessa forma, as pesquisas de melhoramento genético visam continuamente desenvolver cultivares que possuam e expressem tais atributos, além de outras características específicas desejáveis, em sintonia com as demandas cada vez mais exigentes de todos os elos da cadeia produtiva do café, do produtor ao consumidor, ou seja, do grão à xícara.
Assim, no contexto da cafeicultura mundial, para que nosso País mantenha seu protagonismo de várias décadas, de maior produtor e exportador, faz-se necessário que os cafeicultores brasileiros busquem, de forma permanente, cultivares com maior produtividade, resistência a fatores bióticos e abióticos, mas que também sejam adaptadas a colheitas mecanizadas, sistemas de podas e que se utilizem de outras tecnologias que reduzem custos e agreguem valor ao produto final.
Para tanto, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, instituição integrante do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, à semelhança de outras instituições deste mesmo Consórcio, tem desenvolvido, há décadas, um exitoso programa de pesquisa de melhoramento genético que tem permitido disponibilizar para os cafeicultores de Minas Gerais, e também dos demais estados produtores do País, sementes provenientes de novas cultivares de café arábica, tanto para a implantação de novas lavouras, como para substituição e/ou renovação das plantações já existentes.