Após cerca de uma década de pesquisas, a Matsuda apresenta ao mercado agro a MG 18 Áries II, forrageira recomendada para a região sul do País. Nesta novidade, os trabalhos de melhoramento foram focados na seleção de plantas sem reprodução sexual com características superiores para a produção de forragem, relação folha/talo, recuperação após o corte ou pastejo e, também, a adaptação ao clima frio. “Ela é indicada para bovinos de corte e de leite, e tem uma digestibilidade acima de 60%, permitindo que os equinos, caprinos, ovinos e bezerros também a consumam”, declara Alberto Takashi, engenheiro agrônomo do departamento técnico da empresa.
Áries II surgiu para atender um mercado em potencial que é a região sul, devido ao clima frio, e nesses últimos anos, pelas altas temperaturas e secas mais severas. “Outro fator que levou à pesquisa foi o término do período de proteção da cultivar Áries, que foi de 15 anos”, diz o técnico. Ele explica que existem diversas características morfológicas diferentes entre elas, que podem ser observadas no campo, como por exemplo, maior quantidade de folhas comparada com a quantidade de talos. “Esse fato melhora por si só a qualidade nutricional e a digestibilidade, pois as folhas são mais nutritivas e mais digeríveis que os talos”, diz. A altura das plantas da nova cultivar também é menor, além de apresentar maior quantidade de folhas, melhor qualidade nutricional e maior produção de forragem, resultando em melhor desempenho animal no campo, seja em bovinos de leite ou de carne, sempre comparada à sua versão antiga.
Em relação ao seu manejo, no período frio ou das geadas, Takashi declara que a forrageira tropical paralisa seu crescimento em torno de 18º C e as geadas prejudicam as plantas pois, com o frio há o congelamento da água, ou seja, congela a água das células da planta. “O congelamento expande a água e esse fenômeno rompe a parede celular matando a célula e, consequentemente, ‘queima’ a planta”. Segundo ele, por essa razão recomenda-se que no período de geadas as plantas da Áries II estejam aproximadamente com 50 a 60 cm de altura fazendo com que essa massa de forragem protejam as gemas e os meristemas que estão na base da planta. “É importante sempre respeitar um período para a recuperação da planta após o corte ou pastejo. Mas, é importante também evitar a maturação, pois isso prejudica a qualidade nutricional e o manejo”, comenta o agrônomo.