A colheita de milho da safra verão 2019|2020 chega ao final e, apesar do impacto da falta de chuvas – sobretudo no Rio Grande do Sul – na produção total em relação ao último ciclo 18|19, muitos produtores têm compartilhado a conquista de médias históricas em produtividade e dentro de um cenário de preços competitivos do cereal no mercado.
É o caso de Daniel Rosseto em Itobi, no estado de São Paulo. Ele conta que obteve o melhor resultado de verão desde que iniciou a produção de milho na região há mais de 30 anos. Chegou a registrar pico de 249 sacas/ha com o precoce MG545 nesta safra. “Estamos em uma região que sofre com a cigarrinha e precisamos de híbridos que respondam à pressão de pragas para não haver quebra da produtividade e, claro, que garantam o máximo de eficiência, qualidade e rentabilidade. Esta safra surpreendeu positivamente e é resultado do investimento cada vez maior em tecnologia empregada no campo nos últimos anos”, ressalta.
No Paraná, Vilson Viecilli também comemorou a produtividade alcançada. Em Nova Prata do Iguaçu, o produtor atingiu 214,87 sacas/ha com o MG545 e diz planejar o próximo ciclo buscando patamares ainda maiores. “Temos priorizado híbridos com potencial de tolerância ao acamamento e que ofereçam ganhos em produtividade com qualidade de grãos para maximizar nossos resultados. Neste ciclo o retorno foi muito bom e agora estamos na expectativa para 2020/2021”, afirma.
A produção total de milho no País, considerando as três safras, deve alcançar 102,3 milhões de toneladas, alta de 2,3% na comparação com 2018/2019, segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento. “O Brasil vem de uma supersafra de grãos, tendo o milho com um de seus grandes protagonistas. Mesmo que o mercado não supere os indicadores do ciclo anterior, em razão das adversidades climáticas, a expectativa é de que este ano seja de safra cheia”, avalia Diogênes Panchoni (foto), líder de Marketing da Morgan.