O Programa de Qualidade do Café, inaugurado em 2004, por iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), foi o primeiro a ser desenvolvido no mundo a certificar a qualidade do produto final através de uma metodologia própria de análise sensorial. Mediante a classificação do café em quatro categorias distintas, Extraforte, Tradicional, Superior e Gourmet, é possível identificar boas práticas de fabricação de todo o processo de industrialização, garantindo segurança e consistência.
Já o Selo de Pureza, vigente desde 1989, atesta que o produto é puro, sem adulteração ou misturas, oferecendo segurança alimentar e respeito ao consumidor, além de incentivar o consumo do café.
Há mais de 30 anos que os Programas de Certificação vêm desempenhando um eficaz e inovador papel em atestar a excelência do café que os brasileiros consomem, sendo reconhecidos tanto pela indústria quanto pelo público. Inicialmente, o gerenciamento de suas atividades do Programa de Qualidade era desempenhado por uma empresa terceirizada. Porém, desde novembro de 2019 ABIC assumiu a responsabilidade pela gestão.
A mudança trouxe iniciativas como a contratação da Fundação Vanzolini, instituição criada e mantida pelos professores do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), que ficará encarregada de mapear todas as etapas dos Processos de certificação e posteriormente auditar os processos. Com a parceria, tanto os associados quanto o consumidor final terão mais confiança no processo.
“A ABIC passar a fazer esse processo internamente possui dois ganhos principais. O primeiro é um controle maior sobre o processo, que permite saber, de maneira mais correta, o que está acontecendo ao longo do programa. Quando você deixa isso a cargo de outras entidades, por mais que haja um controle, você fica dependente delas. O segundo ganho é a possibilidade de um maior contato com o associado, gerando mais credibilidade com o público interno e com o externo, que é o consumidor final”, afirma Paulo Bertolini, Diretor da Fundação Vanzolini.
Como funcionam os Programa de Pureza e Qualidade do Café?
O processo é dividido em quatro etapas. A primeira é a adesão, quando o candidato solicita a sua associação à ABIC. Na segunda, ocorre a análise de pureza e avaliação sensorial do café. Já na terceira, há a verificação do cumprimento das boas práticas de fabricação. Na quarta e última etapa ocorre a concessão dos Selos de Pureza e Qualidade ABIC.
Posteriormente, os produtos são coletados nos pontos de venda, descaracterizados e enviados para que os laboratórios credenciados façam as seguintes análises: Análise de microscopia para os cafés certificados no Programa do Selo de Pureza, onde será avaliada a pureza do café, ou seja, naquele pacote só tem café e nenhuma outra impureza como casca e pau ou qualquer outra mistura. E Análise Sensorial para os cafés certificados no Programa de Qualidade do Café, onde os provadores verificarão se as informações do café estão de acordo com a certificação e com as características declaradas pela empresa.
Dessa forma a ABIC mantêm o compromisso de garantir a qualidade do café que chega para o consumidor final.