Em tempos de pandemia provocada pelo novo Coronavírus, a busca por alternativas que façam a roda econômica seguir girando ganha força na raça Crioula. Em apenas cinco dias, seis remates transmitidos de forma virtual ao público crioulista apresentaram positividade nas vendas, inclusive internacionais. As batidas dos martelos foram acompanhadas de casa e, juntas, somaram um faturamento superior a R$ 1,8 milhão. Os remates virtuais são televisionados ou transmitidos via internet.
Somente no remate de redução de plantel da Cabanha Mapocho, de Pelotas (RS), no dia 1º de abril, a média de venda chegou aos R$ 21 mil e o preço máximo em RS 110 mil. O exemplar mais valorizado da noite foi a égua Tropeada Mapocho, Grande Campeã e Melhor Exemplar do Passaporte de Chapecó para a Expointer 2019. O sucesso foi tanto que dois potros foram vendidos para a Itália durante o leilão.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Francisco Fleck, é o Cavalo Crioulo mais uma vez mostrando que tem muita liquidez e que é um bom investimento. “Estamos em contato com cabanhas e centros de treinamento e todos seguem preparando seus animais para, assim que possível, voltarmos a fazer o nosso ciclo. Muita força e todos unidos venceremos”, completou.
O leilão que abriu a agenda do Cavalo Crioulo aconteceu no sábado, 28 de março, com o “Sonho de Criador”, da Cabanha do Parque. No domingo, o público pôde acompanhar ao vivo a oferta de 20 lotes no Leilão Querência Colorada. Já no dia 30 de março, foi a vez do 11º Remate Virtual Fibra Crioula. Na terça-feira seguinte foi dia de comercializações do Leilão Crioulos do Canguçu. O destaque foi para a venda do lote 01, Escarapela do Rodeio, vendida por R$ 60 mil. No mesmo dia, a movimentação no mercado da Raça Crioula seguiu firme através do 1º Remate Virtual Madres Criollas, das Cabanhas Tarobá e Novo Horizonte.
Foto: Fagner Almeida/ABCCC/Divulgação