A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) emitiu nota ao Ministério da Agricultura solicitando providências relacionadas ao transporte e abastecimento do produto no país. A diminuição de caminhoneiros nas estradas devido às dificuldades logísticas deflagradas pela pandemia de Coronavírus ocorrem em meio à colheita do grão, que atingiu praticamente 50% na última semana conforme dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
A entidade reforçou na nota que a segurança alimentar do país e o abastecimento público estão garantidos, mesmo com possível aumento no consumo per capita de arroz no país em decorrência da pandemia. Lembrou também no documento que há mais de 30 dias vem fomentando junto aos produtores do Estado que procedam ao regular escoamento da safra 2019/2020, especialmente porque os produtores precisam entregar arroz para fins de adimplemento das Cédulas de Produto Rural (CPR’s) com vencimentos nos meses de março de abril, essas, por sua vez, firmadas com o objetivo de financiar a safra agrícola, reforçando que 70% dos produtores do grão se valem desta ferramenta de crédito junto à indústrias e cooperativas para viabilizar a lavoura.
A Federarroz lembra também que as atividades de produção e beneficiamento do grão são garantidas pelos inúmeros Decretos publicados por Municípios, Estados e pela União. No entanto alerta que um possível desabastecimento dos centros consumidores poderá ocorrer não pela falta de produto, mas sim relacionado à questões logísticas pela falta de frete para transporte desta produção.