A adubação nitrogenada é bastante utilizada no cultivo de milho no país. Esse recurso proporciona diversos benefícios à estrutura da planta, do início da formação de raízes, desenvolvimento vegetativo até a maturação do milho. Como consequência, a área foliar, espessura de colmo, porte de planta, tamanho de espigas e biomassa aumentam, contribuindo na produtividade final e melhorando o teor de óleo e proteínas no grão.
“Em dois períodos de plantio, a safra 2019/2020 de milho deve somar mais de 100 milhões de toneladas, mesmo com problemas climáticos e atraso da soja em algumas regiões. Para garantir maior produtividade na próxima colheita, é necessário redobrar a atenção para a nutrição de plantas, em especial com o nitrogênio, o qual a planta tem uma alta demanda, e a absorção pode ser afetada por estresses abióticos, como veranicos”, afirma Pedro Afonso, Técnico de Desenvolvimento de Mercado de grandes culturas da BRANDT do Brasil.
De acordo com o especialista, a adubação nitrogenada é aplicada tanto para funções vegetativas quanto reprodutivas, já que o elemento potencializa a absorção iônica, e é constituinte de aminoácidos e proteínas. “Um detalhe importante é que o nitrogênio contribui para o aumento do volume radicular, essencial para a fixação da planta no solo e absorção de água e nutrientes desde o início do ciclo”, explica Afonso.
Em quantidades ideais, o nitrogênio é um dos melhores aliados do produtor rural na busca por altas produtividades. Contudo, é preciso que não haja deficiência de outros nutrientes, dentre eles cálcio, ferro, magnésio e – especialmente – molibdênio.
“O molibdênio participa como constituinte de várias enzimas, especialmente as que atuam no metabolismo do nitrogênio e do enxofre no milho, o que é indispensável em todo o ciclo da cultura. Sem esses elementos, a utilização da adubação nitrogenada pela planta, pode ser anulada, gerando prejuízos”, destaca o especialista.
Entre os maiores prejuízos causados pela deficiência do nitrogênio na planta estão, além da queda na produtividade, o amarelamento das folhas pela falta de clorofila – que deixa de ser sintetizada –, a diminuição do volume das raízes, a antecipação da senescência e a queda dos níveis de teor de óleo e de proteína nos grãos. “Isso significa que, nesse caso, além de produzir menos, a colheita apresentará baixa qualidade”, alerta Pedro Afonso.