O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, vacinou, no dia 17 de março, novilhas contra a febre aftosa – a campanha de vacinação começou um dia antes, 16 de março, e prossegue até 14 de abril. A ação ocorreu na propriedade do produtor Selito Carboni, em Barra do Ribeiro, e sinaliza para a importância da imunização antecipada, para que o Estado tenha condições de solicitar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a evolução do status sanitário do Estado para livre de aftosa sem vacinação.
“Esta pode ser a última campanha de vacinação contra a aftosa no Rio Grande do Sul, porque estamos pleiteando a retirada da vacina ao Mapa”, destacou Covatti Filho. Na propriedade de Carboni, que é secretário de Agricultura e Meio ambiente de Guaíba, os cerca de 650 animais devem ser imunizados até esta quarta-feira (18). Os planos do produtor seguem recomendação da Seapdr, para garantir a vacinação ainda em março. Isso permitirá às empresas ter gestão adequada dos estoques e evitar falta da vacina pela procura de última hora.
Para o trabalho na fazenda, Carboni contará com reforço de duas pessoas para executar o trabalho rapidamente. “Sem vacinação, teremos menos custos, menos mão-de-obra e valorização de nosso gado”, disse o produtor. Também participaram do ato simbólico o diretor do Departamento de Defesa Animal (DDA) da Seapdr, Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, o chefe de gabinete, Erli Teixeira, técnicos e funcionários da propriedade.
Comprovação até 22 de abril
Em todo o Rio Grande do Sul, a expectativa é de que 12,6 milhões de animais sejam imunizados, entre bovinos e bubalinos de todas as idades. Os produtores devem comprar as doses necessárias para a vacinação do seu rebanho nas cerca de 600 casas agropecuárias credenciadas pela Seapdr. Após, deverão comprovar a vacinação através da apresentação da nota fiscal até o dia 22 de abril.
A dose da vacina segue a mesma das etapas anteriores, de 2 ml – a vacina passou a ser bivalente, permanecendo a proteção contra os vírus tipo A e O (removido tipo C). Desde segunda-feira (16), a movimentação de bovídeos só pode ser realizada mediante vacinação prévia da propriedade, obedecidos os prazos de carência.
A antecipação faz parte da estratégia do Estado para ser declarado pelo Mapa como livre de aftosa sem vacinação, a fim de obter, num segundo momento, o reconhecimento internacional dessa condição pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Até o momento, no Brasil, apenas os estados de Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação.