Os embarques brasileiros de café solúvel somaram 312.344 sacas de 60 kg em novembro deste ano, apresentando alta de 3,15% sobre o mesmo mês de 2018 e elevando o total exportado, no acumulado entre janeiro e o mês passado, para 3.675.213 sacas, com incremento de 9,5% na comparação com o volume remetido ao exterior nos 11 primeiros meses do ano passado. Os dados constam no Relatório de Desempenho das Exportações da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).
De acordo com o diretor de Relações Institucionais da entidade, Aguinaldo Lima, com o desempenho registrado até o fim de novembro, vai se consolidando a previsão para quebra de recorde em volume exportado em 2019.
“Provavelmente o Brasil ultrapassará o montante de 4 milhões de sacas de café solúvel remetidas ao exterior neste ano, registrando seu novo recorde histórico para o setor”, projeta.
Lima enaltece o fato de a soma das importações das nações asiáticas seguir constituindo o maior mercado do café solúvel brasileiro, embora Estados Unidos sejam o maior cliente e União Europeia o segundo maior destino.
Conforme ele, dos 20 países que até novembro importaram volumes acima de mil toneladas, 13 tiveram excelente crescimento. “O destaque vai para o México, que é o segundo maior produtor de café solúvel no mundo e se tornou o 17º maior destino das exportações brasileiras ao elevar em 405% as compras frente a 2018”, aponta.
O diretor da Abics salienta, também, os índices de crescimento dos embarques de solúvel, na comparação com o ano passado, para Singapura (103%), Mianmar (72%), Polônia (59%), Emirados Árabes Unidos (45%), Ucrânia (27%) e Indonésia (15%).
Receita Cambial
A renda gerada ao Brasil com os embarques de café solúvel vem apresentando relativa melhora ao longo de 2019. O diferencial em relação ao ano passado recuou para -1,3% no acumulado de janeiro a novembro, com a atual receita de US$ 538,2 milhões contra US$ 545,4 milhões em 2018.
“A melhora dos preços mundiais do café é muito importante para os produtores brasileiros e, como as cotações subiram também nos países concorrentes, o Brasil se mantém muito competitivo. Nossas indústrias de café solúvel estão bastante otimistas em manter esse quadro de bom crescimento em 2020”, revela o diretor da Abics.