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Ministra defende mecanismos para manter mulheres e jovens no campo

A ministra Tereza Cristina disse que a manutenção das mulheres e dos jovens no campo é fundamental para o desenvolvimento da atividade agropecuária do país. A declaração foi feita durante discurso de abertura do Seminário Alimento e Sociedade, evento realizado na sede da representação brasileira do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA Brasil).

“Nós precisamos incluir as mulheres do campo. Elas são importantíssimas tanto quanto os jovens. Quando a mulher fica no campo, o filho fica também. Achar uma atividade atrativa para as pequenas produtoras rurais é muito importante. O artesanato, por exemplo, é importantíssimo nesse processo”, disse a ministra.

Um dos principais focos do evento é discutir como é possível atrair os jovens de todo o país que tenham interesse em contribuir para que o Brasil possa produzir alimentos saudáveis, sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas.

Para manter a mão de obra feminina e da juventude no campo, a ministra voltou a destacar que é preciso modernizar a agricultura brasileira com a ampliação do acesso à internet e a introdução de novas tecnologias na atividade agrícola. Entre as ações empreendidas pelo Ministério da Agricultura com este objetivo, a ministra citou a criação de um grupo de trabalho em parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia.

“Precisamos rejuvenescer o setor. A conectividade é um assunto muito urgente para o Brasil. Precisamos levar a tecnologia para os mais de 5 milhões de produtores rurais do país. Estamos falando de um terceiro salto, mas há quem ainda não fez nem o primeiro ainda. Nós precisamos colocar essas pessoas no setor produtivo.”, comentou.

Tereza Cristina afirmou ainda que a gestão do Mapa está se dedicando a três eixos: regularização fundiária, a chamada agricultura 4.0 ou digital e a ampliação da assistência técnica de qualidade aos pequenos agricultores.

“Temos que pensar para frente e como o nosso país pode contribuir para o mundo. Temos cerca de 800 milhões de pessoas que ainda passam fome no mundo e precisamos achar o caminho de diversificar e democratizar os programas que o Brasil faz tão bem, como o programa ABC [agricultura de baixo carbono]”, afirmou.

O desafio de conter o êxodo rural também foi destacado pelo representante do IICA no Brasil, Hernan Chiriboga e pelos outros participantes da mesa de abertura.

“Nosso papel como líderes do setor rural é tornar o campo mais atrativo para a juventude. Temos uma definição de jovem: é quem tem mais projetos do que lembranças. Temos que tornar nosso campo em agricultura 4.0 com aplicativos, drones es atrativos para a juventude”, comentou Chiriboga.

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