De origem familiar e início nos anos 90, o Confinamento Monte Alegre (CMA), localizado na cidade de Barretos, interior de São Paulo, surgiu do trabalho de Oswaldo Perrone. Na época, a capacidade da fazenda era de apenas 450 cabeças. Vendo a história de perto, André Perrone neto de Oswaldo, se formou em veterinária e no começo dos anos 2000 começou a tocar juntamente o negócio da família, buscando uma unidade mais intensiva na parte tecnológica de operação.
“No começo era um sistema de boitel com pecuaristas aqui da região, e eramos empenhados em trabalhar com tecnologia e inovações”, diz André. A partir daí, o confinamento buscou por parcerias, como o frigorífico Minerva, e nos últimos cinco anos tem trabalhado com a estrutura voltada a seus parceiros, uma vez que trabalha com animais deles, além dos próprios do CMA. “Buscamos foco na gestão, tecnologia e eficiência. Hoje tentamos trazer à pecuária nacional um novo sistema de manejo, ligado ao bem-estar”.
Localização estratégica
A Monte Alegre tem como ponto estratégico o Estado de São Paulo, que é rico em agroindústrias e dispõe de uma grande variedade de produtos ou subprodutos, agregando maior valor para o mercado consumidor de carne.
“O Estado é forte no que se diz respeito a escoar a carne, principalmente com o Porto de Santos. Com isso, conseguimos originar animais de outros locais”, declara Perrone. Segundo ele, além disso, São Paulo traz um grande momento oportuno com os subprodutos utilizados para converter em carne. “Assim produzimos com sustentabilidade e com eficiência, num mercado onde temos valor agregado”.
O confinamento termina cerca de 40 mil cabeças por ano, e por volta de 30% destes animais vem de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. “São lugares que tem uma rica população de bovinos, onde a recria é realizada a pasto e é feita a terminação aqui em São Paulo”, comenta.
Gestão traduzida em dados
Não é novidade para ninguém que o Brasil tem potencial grande na produção bovina, assim sendo, cabe ao mercado saber explorar isso da melhor forma possível. Com o Ministério da Agricultura buscando abrir novos mercados, os pecuaristas estão entendendo melhor estas oportunidades, além de observar as empresas do setor investindo em metodologias que os ajudem a produzir animais mais saudáveis e eficientes. “Temos um espaço oportuno para liderar o mercado consumidor. Lá fora enxergamos países abrindo novos espaços, deixando o mercado exportador de carne bovina bastante promissor”. Segundo Perrone, por aqui se trabalha com matéria-prima nobre, que é a carne rica em proteína e basta os pecuaristas terem mais consciência do que produzem para que o mercado seja de fato soberano.
Para colocar o foco de seu confinamento em prática, Perrone diz que é de suma importância ter em mãos números e indicadores de produção, com metas claras e simples, atuando com comprometimento e buscando a diferenciação no mercado. “Os nossos dados apontam que estamos focados também em eficiência biológica. No último ano, ela foi de 136 kg de dieta para converter em uma arroba engordada dentro do coxo. Estes são os nossos indicadores onde buscamos cada vez mais oportunidades de melhoria”, comenta. Para ele, este é o caminho certo a seguir, e os indicadores de produção que utiliza, como ganho de carcaça diário, é algo que reflete diretamente no bolso do pecuarista. “Por isso estamos buscando acima de 1,100 kg ganho de carcaça/dia, ou seja, ganho direto no gancho do frigorífico”. Tais números são indicadores de metas claras que o pecuarista compartilha com a equipe do CMA, para saber o rumo que estão tomando e para onde querem chegar.
Para que tudo funcione a “plenos pulmões”, a estrutura do confinamento na Monte Alegre conta com cerca de 140 piquetes de engorda e capacidade estática de 19 mil cabeças. Em 2018, Perrone confinou mais de 43.600 animais e para 2019 o número deve ser maior. “Vamos abater neste ano em torno de 40 mil cabeças, sendo ao todo mais de 50 mil animais confinados”.
União em prol da sanidade
Para ser modelo de confinamento no País, o CMA teve que se atentar ao bem-estar animal, e um de seus pilares é a sanidade. É aí que entra a parceria com a MSD Saúde Animal. “Nessa junção trabalhamos de forma árdua em busca da melhor saúde do rebanho. Sabemos que eles saudáveis performam melhor, tem melhor engorda e dão retorno financeiro maior”, comenta o pecuarista. Prezando por isso, Perrone tem investindo em novos currais, vacinas e tratamentos sanitários para o gado. “Queremos todas as ferramentas que buscam deixar cada vez mais o animal mais saudável e mais eficiente. Seguimos o calendário sanitário a risca, e aos parceiros que não tem, ou não seguem, buscamos fomentar e auxiliar, compartilhando as informações para o bem da cadeia”, diz.
Antony Luenenberg, coordenador técnico de bem-estar animal da MSD, comenta que o protocolo sanitário do CMA é bem completo e que Perrone se preocupa bastante. “Um exemplo disso é que há um tempo atrás ele começou a fornecer as vacinas para os parceiros, para que os animais já cheguem ao confinamento com uma resposta imune, o que melhora o desempenho final do gado”, declara. Segundo o coordenador, este confinamento é um dos principais parceiros da companhia, tanto na parte de saúde animal, quanto dentro da plataforma do Criando Conexões. “Foi uma das primeiras fazendas onde implementamos o programa, em meados de 2015”. Desde então, a evolução que a parceria tem gerado, fica por conta principalmente da aclimatação dos animais, com baixo nível de estresse, onde o gado se mantém hidratado e alimentado, melhorando assim sua função imune. “Além disso, a estrutura do confinamento cresceu e se tornou exemplo da evolução que estamos tendo dentro do bem-estar”.
Criando Conexões
O Criando Conexões já manejou mais de quatro milhões de animais, e treinou mais de quatro mil vaqueiros de Norte a Sul do Brasil. Com a equipe espalhada pelo País, a MSD conta com 25 consultores aptos a trazer esta tecnologia aos seus clientes.
Para conseguir bons resultados, a equipe durante os treinamentos mostra como é o comportamento do animal, quais as melhores formas para conduzi-lo e assim, manejar corretamente. “A linguagem do bovino é única, e não é verbal, é corporal”, diz Luenenberg.
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