A primavera chegou e junto com ela acontece a floração dos cafezais brasileiros, que se iniciou em setembro, e percorre até o mês de novembro. Além da beleza e do delicado perfume, o período é uma das etapas mais importantes do ciclo da cultura, pois é o momento que definirá o potencial produtivo do cafezal.
O volume e a uniformidade da florada são fatores extremamente decisivos para a produtividade, já que as flores dão origem ao fruto, e consequentemente, ao grão. Dessa forma, quanto maior a quantidade de flores produzidas pela planta, maior será o rendimento no bolso do produtor no fim da safra.
Para que a florada se converta em ganhos, são necessários alguns cuidados especiais, por exemplo, o manejo nutricional complementar. De acordo com o engenheiro agrônomo, Jefferson Ricardo da Costa, um fator determinante no pegamento da florada é a nutrição adequada, aliada a proteção do cafezal. Uma das opções mais eficientes no mercado atualmente é o fertilizante Aminofosfito de Cobre, solução da Ubyfol.
A tecnologia exclusiva une a velocidade de absorção dos aminoácidos e a elevada translocação dos fosfitos dentro da planta, mais a ação protetiva e nutricional do elemento Cobre. “O grande diferencial desse produto é que, além do poder nutricional, ele oferece também um efeito fúngico, atuando na prevenção de algumas doenças. Isso contribui com a formação de uma florada mais sadia e livre de patógenos, resultando em uma melhor produtividade”, destaca Costa.
O tema foi assunto da pesquisa realizada pelo profissional e apresentada no último ano no Congresso Brasileiro de Cafeicultura. Segundo ele, o estudo sobre o Aminofosfito de Cobre associado aos principais fungicidas do mercado, visando melhorar a eficiência do manejo fitossanitário, apresentou resultados relevantes. “O uso do Aminofosfito de Cobre em conjunto com as aplicações de fungicida resultou em maior eficiência de controle de doenças, além de auxiliar na vida útil dos ativos dos defensivos, evitando casos de resistência de patógenos” disse.
Ainda na fase de floração, além do manejo nutricional complementar, o agricultor deve se preocupar com o manejo do solo. Fatores como o índice de água disponível no solo, e o teor de micronutrientes são determinantes para o sucesso da lavoura. No caso da nutrição, um elemento que merece destaque é o boro, já que ele atua diretamente no pegamento floral, determinante para o sucesso da lavoura, como explicado anteriormente.
Segundo o engenheiro agrônomo, para complementar a adubação de solo e corrigir as deficiências mais críticas, outra solução importante é o fertilizante Axis. O produto, que concentra os três macronutrientes exigidos em maior concentração pelas plantas (nitrogênio, fósforo e potássio), tem formulação líquida de alto desempenho no cultivo. “O Axis é um produto de fornecimento de energia rápida para a planta, que é importante em todas as fases do cafeeiro. Promove também a recuperação de anti-stress ocasionados por altas temperaturas, ataque de patógenos ou fertilidade do solo”, afirma.
Cuidados continuam
O manejo nutricional deve ser feito durante todo o ano e em todos os ciclos da planta, pois são esses importantes detalhes que vão impactar no aumento da produtividade no fim do ciclo. De acordo com Vinícius Vieira Cunha, RTV da Ubyfol e engenheiro agrônomo, o grande desafio hoje é conscientizar os produtores de que a planta precisa de elementos específicos em cada fase fenológica. “No pós-florada, por exemplo, indica-se um mix de nutrientes para o crescimento vegetativo, como o Boro e Fósforo que atuam, inclusive, para a indução de resistência”, diz.
Ainda segundo o profissional, na fase de maturação é preciso priorizar nutrientes que visam a melhoria de qualidade e peso dos frutos. “No Pós-colheita temos que realizar o manejo nutricional complementar visando a diminuição do estresse e cicatrização das plantas ocasionados pela colheita”, acrescenta.
Desafios a se superar
O atual cenário da cafeicultura tem muitos desafios a serem superados. Um deles são os preços baixos, somados à escassez de mão de obra qualificada, que é um dos fatores mais preocupantes, pois eleva os custos de produção. Além disso, não podemos nos esquecer do clima.
De acordo com Cunha, o café da variedade Arábica, por exemplo, além dos fatores citados acima, apresenta constantemente ataque de pragas e doenças. “Existem variedades que são tolerantes, mas o manejo muda de acordo com as condições de cada variedade. Para isso, temos que trabalhar com análise de solo e folha que possibilitam adequar os níveis nutricionais, minimizando os ataques das pragas e doenças, pois em plantas mal nutridas há uma incidência maior de enfermidades, independente da resistência”, destaca.
Atenção aos detalhes
Para o engenheiro agrônomo Paulo de Tarso Leite, RTV da Ubyfol, para o produtor obter a tão sonhada produtividade média acima dos três dígitos, é preciso adotar um manejo extremamente tecnificado. Além de um bom preparo do solo, é necessária uma seleção minuciosa de clones com altos potencias produtivos, resistentes às doenças e pragas, e mais tolerante às intempéries.
Aliado a este manejo, é fundamental adotar uma nutrição balanceada com macro e micronutrientes, obedecendo sempre a marcha de absorção da cultura, combinado com um bom manejo de podas e irrigação. “No caso do café Conilon, por exemplo, já há uma resposta positiva aos investimentos, e a variedade tem expressado cada vez mais o seu potencial genético, alcançando assim altas produtividades”, finalizou Leite.