São Paulo mais uma vez foi palco do Congresso Nacional das Mulheres do Agro (CNMA), evento que prioriza a relevância feminina para o avanço inovador, rentável e sustentável do mercado. Em sua quarta edição, o evento abordou as principais cadeias produtivas do setor, com temas relacionados aos elos da cadeia, como por exemplo, o consumidor final, a agroindústria, os produtores e órgãos públicos.
Renata Camargo, organizadora do CNMA diz que neste ano a ideia foi ter um evento que além das novidades, trouxesse diversas emoções para as participantes. “Tínhamos uma expectativa de receber 1.700 mulheres e ao final ficou registrado que mais de 1.900 passaram pelo pavilhão durante os dois dias de evento”.
Para organizar um congresso desta magnitude, Renata viajou por todo País, querendo trazer pessoas de todos os cantos, além de palestrantes que agregassem com novidades, tendências e tecnologias. “Tivemos participantes vindas de 23 Estados, o que nos dá a certeza do sucesso deste ano”, declara.
Além de falar da mulher ligada aos principais setores da cadeia, o congresso tratou de diversas culturas durante o evento. “Abordamos soja, carne, leite, e também assuntos como hortifrúti, algodão, o setor sucroenergético e a integração de ponta a ponta dentro do agro”.
Zenaide Guerra, diretora de comunicação, marca e relações governamentais da DSM na América Latina, comenta que o Brasil cada vez mais está crescendo em importância no agronegócio, e quanto mais importante fica, mais cresce o desafio de produzir melhor. “Nesse sentido, a inclusão feminina, seja em ciência, tecnologia, ou na própria gestão das fazendas, se torna necessária”. Segundo ela, tal inclusão só contribui em um mercado que é, culturalmente, bastante masculino. “A mulher tem cada vez mais ganhado voz para mostrar sua capacidade de atuação e o compromisso que tem com o setor”, diz.
Para reforçar esta importância, Zenaide ressalta que vivemos num País onde a representatividade do agro se dá através de uma mulher, Tereza Cristina, ministra da agricultura. “Só isso já traz o peso da importância que temos para a área”.
Jovens também tiveram vez
Realizado pela primeira vez no Brasil, durante o Congresso das Mulheres do Agro, o Youth Agribusiness Movement International, foi um evento voltado a jovens do agronegócio, e serviu de espaço para debater as mudanças e os avanços do setor para as próximas gerações. O projeto reuniu jovens herdeiros, sucessores, estudantes e recém-formados de até 30 anos de idade, que darão continuidade ao crescimento do setor agrícola.
Hellen Ottonelli tem 19 anos e estuda agronomia em Mato Grosso. Para ela, este evento direcionado à sua geração vem de encontro com a necessidade do jovem em focar em fazer parte do agro, seja através dos estudos, estágios ou trabalhando no campo. “Atualmente vemos a sucessão familiar no campo como uma realidade que dá sequência aos trabalhos nas fazendas”, comenta.
Vivendo o dia a dia de uma universidade, Hellen diz perceber diversos outros jovens a fim de tocar o negócio dos pais e se preparando para os desafios diários que o setor possui. “Por isso um congresso como este é importante, pois dá voz às ideias que a juventude tem para o mercado. Isso é o que ajuda a mudar o setor e atualizá-lo com novas opiniões e visões inovadoras”, declara. Para ela, o agro nacional precisa deste constante movimento de renovação para continuar sendo tão forte.