O médico-veterinário Paulo Henrique Rocha vem de uma família de produtores rurais que dedicou grande parte da vida à suinocultura. Há oito anos, ele decidiu mudar o ramo e investir em pecuária leiteira. Na Fazenda Extrema, localizada em Patos de Minas (MG), atualmente com 310 vacas em lactação, ele deu início à atividade comprando novilhas e vendendo as bezerras. Aos poucos o rebanho foi aumentando e o pecuarista partiu para o melhoramento genético e produção de leite efetivamente comercial.
No entanto, com o aumento do número de animais no rebanho ele se deparou com algumas dificuldades que a atividade impõe: observação de cio e baixas taxas de concepção e prenhez. “Eu vinha da linha de suinocultura e estava acostumado com as altas taxas de prenhez. Quando investi em bovinocultura, mesmo com todo o esforço empenhado, não passávamos dos 14% de taxa de prenhez. Além disso, percebi que havia uma falha muito grande na observação de cio”, relata.
Foi aí que o produtor saiu em busca de novas tecnologias que pudessem auxiliá-lo a melhorar os índices reprodutivos da fazenda para tornar a sua atividade mais produtiva e lucrativa. “Quando me falaram sobre um sistema que ajudava a identificar cio e aumentava a taxa de serviço, fiquei curioso e fui pesquisar”, relembra.
Há cinco anos, Rocha investiu no sistema de monitoramento da Allflex e viu os índices melhorarem significativamente. “Antes de adotar o sistema de monitoramento nossa taxa de visualização de cio que não passava de 25% e, após a implantação dos colares passamos a 74% de observação de cio. Nossa taxa de concepção também saltou para 34% e a de prenhez atingiu 25%”, relata.
Além da melhoria dos índices reprodutivos, o médico-veterinário relata que a adoção da tecnologia trouxe mais eficiência ao trabalho. “Atualmente não observamos mais cio em novilhas, é tudo via colar de monitoramento. Com isso, ganhamos tempo nas tomadas de decisão. Como sou veterinário, os funcionários acabavam dependendo de mim em algumas escolhas e, agora, com o sistema eles conseguem fazer a leitura do que está ocorrendo com cada animal por meio das informações do sistema”, afirma.
Outro fator positivo apontado pelo produtor é que o sistema de monitoramento da Allflex auxilia para que sejam detectados de forma antecipada os problemas de saúde. “Geralmente, quando vemos um animal com problema de saúde é porque está em estágio bem avançado. Quando passamos a monitorar todos os animais, principalmente pós-parto que é bem crítico, conseguimos identificar com antecedência o problema no animal. No caso de uma mamite é possível antecipar os cuidados antes que a doença se manifeste”, exemplifica.
“O sistema ‘mostra’ tudo o que está acontecendo com os animais”
A cidade de Pompéu (MG) é considerada referência na pecuária de leite. Lá, o produtor Tiago Cordeiro Lacerda se consolidou na atividade e é a terceira geração da família em atividade rural. Na Fazenda Palmira são 200 vacas em lactação que produzem 5 mil leite/dia. Sempre procurando aprimorar os processos na propriedade, o pecuarista foi em busca de novas tecnologias e passou a observar o que outros produtores estavam fazendo para tornar a atividade mais rentável e lucrativa. Foram nessas andanças que ele conheceu e decidiu investir no sistema de monitoramento animal da Allflex.
“A curiosidade me fez olhar as outras fazendas e o conteúdo dos veículos especializados em termos de novidades tecnológicas. Foi assim que cheguei no sistema de monitoramento da Allflex”, relata.
Na época da implantação do projeto, Tiago conta que a proposta era melhorar os índices de observação de cio. Por fim, ele ressalta que os benefícios se estendem não só às necessidades primárias, mas também no quesito sanidade.
“A nossa observação de cio era muito era muito fraca. Então resolvi adotar o sistema da Allflex pensando nessa nossa deficiência e para ajudar um pouco na reprodução. Mas, vimos também melhorias em termos de saúde. Hoje, com o sistema de monitoramento, conseguimos trabalhar com prevenção de doenças e dar um atendimento muito mais imediato ao animal. E, pela facilidade, sou eu mesmo quem faz esse monitoramento”, ressalta.
“Atualmente conseguimos detectar qualquer doença, seja uma acidose ou uma retenção de placenta. O sistema de monitoramento ‘mostra’ tudo o que está acontecendo com os animais”, completa.
Tecnologia quebra paradigmas entre gerações
Na atividade leiteira há 35 anos, a Fazenda Capetinga, localizada em Arcos (MG), viveu um crescimento expressivo do rebanho, ao longo dos anos. O número de animais saltou de sete para 250 cabeças. A propriedade familiar possui 130 vacas em lactação produzindo 4 mil litros de leite por dia. Com o crescimento da atividade, o patriarca Joaquim Teixeira de Carvalho ouviu os conselhos dos filhos Sergio e Hamilton, com quem divide os trabalhos, e ficou convencido de investir no sistema de monitoramento da Allflex.
“Fizemos um experimento em agosto de 2018. Ficamos convencidos e investimos efetivamente em janeiro deste ano. Desde então percebemos uma melhora imediata na observação do cio, uma atividade na qual tínhamos bastante problema. Além disso, estamos identificando as doenças diretamente pelo computador, com a queda da ruminação, o que nos permite um atendimento mais efetivo”, relata Hamilton.
Segundo ele, após a adoção do sistema de monitoramento da Allflex, a observação de cio, que anteriormente estava abaixo de 50%, atualmente já está em 61%. “O crescimento resulta em otimização de tempo, melhora da taxa de prenhez e serviço”, aponta.
Com a adoção da tecnologia, Sr. Joaquim tornou os processos na fazenda mais efetivos e é ambicioso. Ele já arrisca alguns números de crescimento para o próximo ano. “Hoje estamos com três ordenhas às 4h, 12h e às 20h realizadas em 130 vacas. Para 2020, esperamos chegar a umas 160/170 vacas e produzir cerca de 6 mil litros de leite por dia”, projeta.