De 16 a 20/9 aconteceu em Jaguariúna/SP o Curso de Sanidade Avícola Zoetis. Em sua 27ª edição, o evento reuniu técnicos, médicos-veterinários, especialistas e profissionais do setor de todo o País para discutir questões como Doença de Marek, Doença de Gumboro, automação no incubatório, doenças respiratórias, salmonella, coccidiose aviária, entre outras, além de atividades práticas com estudo de casos clínicos e gerenciamento de pessoas. “Esta é a melhor semana do ano porque além de ser um curso de capacitação, é um momento de troca, de compartilhamento e isto é fundamental para a Avicultura 4.0”, diz Eva Hunka, Gerente de Produtos da Linha Aves da Zoetis.
“Aqui estão reunidos profissionais e especialistas que trabalham muito pelo sucesso da avicultura no País”, completa Renato Verdi, Diretor da Unidade de Aves e Suínos da Zoetis.
Entre os convidados, estiveram presentes Luiz Felipe Caron, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Paulo Lourenço Silva, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para falar sobre Imunologia e vacinologia aplicada à avicultura e sobre o papel do médico-veterinário no gerenciamento sanitário da agroindústria, respectivamente.
Em sua palestra, Caron trouxe pontos importantes a serem analisados a respeito da vacinação. “A discussão em torno disto deve ser mais simples, que é pensar sobre o que se espera de determinada vacina, qual é a sua duração e qualidade dentro daquele processo de produção e decidir quando e como vacinar a granja. Depois disso, é verificar as mudanças a partir destas decisões”, diz.
“Há muito investimento e ciência por trás da vacinação. Então, é risível que empresas reclamem de seu valor, que hoje representa cerca de 2% do custo de produção contra 70% de ração, por exemplo”, compara o professor.
Caron falou ainda que, quando se busca uma vacina, dois fatores são levados em conta – “segurança, em primeiro lugar e eficácia, depois”, diz. “Nenhum produto faz milagre sozinho. Por isso, é necessário analisar custos e benefícios diretos e indiretos da vacinação”, concluiu.
“Temos aqui no Brasil uma avicultura de êxito porque há oportunidades para ocupar mercados no mundo inteiro. Daí também nossa grande responsabilidade com a segurança alimentar”. Foi assim que o professor Paulo Lourenço Silva, da UFU, iniciou sua participação nesta edição do Curso de Sanidade Avícola.
De acordo com ele, são três os grandes desafios da avicultura brasileira – abertura de novos mercados, dinamização de mercados existentes e manutenção de status sanitário dos planteis. “O futuro da avicultura continuará passando por mudanças em diversas áreas do conhecimento – genética, nutrição, sanidade, gestão ambiental e de produção, sem falar no manejo e na biossegurança”, diz Silva.
Fernanda Castro, da Cooperativa Agroindustrial C.Vale, participou do curso pela primeira vez. “Trabalho há oito anos com matrizes e meus colegas falaram muito bem do curso; acredito que o grande diferencial é a parte prática”, diz.
Para o sanitarista Dircélio Vandré Nascimento Jr., da empresa de genética avícola Cobb, o conteúdo do curso é enriquecedor e será aplicado em seu trabalho. “Além de ter a honra de assistir a palestras de duas lendas da avicultura – prof. Paulo e prof. Caron, temos uma ótima oportunidade de fazer networking”, anima-se.
Trabalhando com avicultura há dez anos, o supervisor de produção David dos Santos Melo, da Granja Regina em Fortaleza, no Ceará, também se sentiu empolgado com o que viu. “Espero sair com conhecimento para melhorar o desenvolvimento técnico da empresa em que trabalho”, finalizou.