A Corteva Agriscience recebeu a autorização pelos órgãos regulatórios brasileiros para a comercialização do herbicida Loyant, que tem como princípio ativo o Rinskor, usado na fase de pós-emergência da cultura de arroz. Desenvolvido por pesquisadores da empresa, o princípio pertence a uma nova classe de ativos e possui modo de ação inédito que permite controlar as principais plantas daninhas que afetam o arroz, tais como as gramíneas, incluindo capim-arroz, cyperáceas, folhas largas e plantas aquáticas.
Ecli Ávilla Filho, líder de marketing para a cultura do arroz, comenta que esta passa por uma situação complicada, não apenas pelo preço da commoditie, mas também pelos desafios de controlar suas principais plantas daninhas. “Com o uso repetitivo de vários produtos no passado, as pragas se tornaram resistentes aos herbicidas hoje utilizados. Então a chegada de um novo produto que controla seis das sete principais daninhas resistentes, vem no momento em que o produtor mais estava necessitando”, diz.
Já Douglas Ribeiro, diretor de marketing da companhia, declara que o lançamento surge depois de um certo tempo em que a cultura já estava sem alguma nova molécula, o que acarretou um problema bastante expressivo nas plantações. “Considero que o Loyant simboliza o investimento e vocação que temos para o arroz, visto que é um mercado bastante importante dentro da Corteva”.
O executivo ressalta que o conjunto de benefícios de Loyant está aliado a um perfil toxicológico favorável com relação ao impacto para a saúde humana e meio ambiente, sendo classificado como faixa azul pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Todo lançamento requer investimento
Ao longo de sua formulação e desenvolvimento, este produto demandou o investimento de US$ 250 milhões para a empresa. “Acreditamos e empregamos este valor para que agora o setor tenha um produto completo e pronto para ajudar o mercado. Loyant é fruto de muita pesquisa e tecnologia”, diz Ribeiro.
Mesmo com tudo isso, Ávilla faz uma observação ao produtor. Segundo ele, este é um produto que por si só não vai resolver todos os problemas da lavoura, e assim, é preciso entender que ele faz parte do manejo. “É fundamental que o orizicultor faça sua parte nas demais fases dos cuidados com a plantação. O produto posicionado da melhor maneira, terá melhor eficiência”.
Além do Brasil, Loyant já tem aprovação para uso nos Estados Unidos, República Dominicana, Equador, Peru, Bolívia, Argentina, Uruguai, China, Sri Lanka, Indonésia, Coreia do Sul, Austrália, Chile, Colômbia, Malásia, Panamá, Turquia e alguns países da União Europeia. Diversos outros países estão em processo de regulamentação do defensivo, “Decidir em qual mercado investir não se dá apenas pelo seu tamanho, mas sim pelo potencial que ali enxergamos. É por isso que globalmente a Corteva está trabalhando e falando deste produto”, comenta Ribeiro.