O engenheiro Agrônomo Xico Graziano abriu os trabalhos do ciclo de palestras da Vitrine Agropec, durante a 47ª Exposul, onde de forma contundente criticou a forma que notícias falsas e sem fundamentos são publicadas sobre a possível contaminação da população brasileira por meio do uso indiscriminado de defensivos agrícolas. “Isso é o que está acontecendo. Muita desinformação, ou no mundo de hoje, muita fake news. Se inventam coisas como estão todos morrendo de câncer, não é verdade pois não existe nenhuma pesquisa cientifica que comprova esta barbaridade. Existem problemas sim, lá na hora da aplicação e precisamos investir em capacitação destas pessoas, em equipamentos de proteção e da mesma forma combater aqueles que fazem o uso errado dos defensivos, mas sem fake news ou declaração como tivemos daqui do Mao Grosso que nós estamos envenenando o mundo, isso é mentira”, conclui.
Na mesma linha, o médico especialista em saúde coletiva Ângelo Zanaga Trapé também destaca a importância da informação passada de forma correta e embasada em dados e pesquisas científicas. “Hoje estão propagando muitos mitos, onde dizem que os agrotóxicos estão contaminando solo, a água e os alimentos, quando nós não temos dados científicos que comprovem isso. A minha experiência como médico toxicologista clinico, com 40 anos de trabalho eu não tenho encontrado com experiência de avaliar milhares de agricultores, inclusive aqui no Mato Grosso, homens ou mulheres com problemas crônicos por uma exposição prolongada a essa tecnologia, portanto fazendo o uso das boas praticas na utilização destes produtos o risco para o agricultor ou para a população é muito baixo”, disse.
O presidente a Associação dos Produtores de Sementes de mato Grosso, Gutemberg Carvalho Silveira explicou que este tipo de pratica de disseminar informações erradas ou falsas sobre agrotóxicos prejudica todo o agronegócio brasileiro. “Muito do que é divulgado não tem suporte cientifico e dados confiáveis, nós sabemos que temos problemas a serem sanados como em todos os setores. Existem treinamentos para aplicadores de defensivos, uma maior consciência do produtor rural e um exemplo disso e a devolução de quase 100% das embalagens de agrotóxicos utilizados nas lavouras, o que mostra a preocupação da classe produtora com o meio ambiente”, comentou.
Para o vice-presidente da Aeagro Marcelo Capelloto o objetivo da associação em levar mais informação não só para a classe dos engenheiros agrônomos, mas também para a população está sendo cumprido. “Uma das nossas metas é trazer para a sociedade o maior nível de esclarecimento técnico possível sobre temas que são de nosso meio e a parceria com o sindicato rural nos proporcionou esta abertura e com isso estamos no quarto ano do ciclo de palestras Aeagro”, concluiu.