As principais empresas que atuam no agronegócio estiveram novamente reunidas para a entrega do Troféu Top of Mind Rural 2019, premiação que reverencia o trabalho de marketing desenvolvido no setor, há mais de duas décadas. Em sua 22a edição, o evento promovido pela Revista Rural aconteceu no Restaurante Varanda Faria Lima, no dia 11 de julho. Este ano, 1.189 produtores foram ouvidos durante a pesquisa, espalhados por todas as regiões do país.
“O top of MInd é uma referência, um termômetro importante para as empresas avaliarem a qualidade do trabalho de marketing que elas fazem. Quando a gente desenvolveu essa pesquisa há 22 anos atrás, nosso objetivo era conhecer um pouco mais o mercado. A Revista Rural já tinha, por conta de seus profissionais, uma grande experiência de pecuária, mas agricultura ainda era uma novidade para nós. O resultado foi tão interessante, que resolvemos compartilhar com todo o mercado”, conta Flávio Albim, diretor de Redação da Rural, acrescentando que alí nasceu uma tradição, que se renova a cada ano, graças ao perfil dinâmico do mercado e as novidades que a publicação procura sempre trazer.
Em um setor bastante concorrido, se manter no topo exige das empresas vivam em constante atualização e até se reestruturem, quando necessário. E essas transformações vão de novas idéias para o marketing até novos formatos de comunicação, aproveitando as tecnologias hoje disponíveis. “A Zoetis, como líder, num conceito mais moderno de comunicação, tem que estar sempre evoluindo, e hoje, com uma equipe renovada, a empresa espera atender ao seu propósito de levar caminhos de alta produção para o pecuarista. Isso passa pelas equipes de campo e chega até o marketing, onde os objetivos é passar ao cliente exatamente o que ele quer e precisa, numa linguagem adequada e eficiente”, explica o Gerente de Produtos da Linha Reprodutiva da Zoetis. A empresa, conta ele, passou recentemente por uma grande reformulação em sua equipe de marketing, sem perder o foco de estar bem perto do pecuarista.
Outra empresa que passou por recentes e significativas reformulação foi a CRV Lagoa. De acordo com o seu presidente Rudi Den Hartog, houve mudanças internas tanto no marketing como na área comercial. Ele crê que essas transformações permitirão acelerar novos projetos, que visam recuperar níveis elevados de marketing share, que sempre fizeram da companhia líder absoluta no seu segmento. “A meta é voltar a crescer cerca de 10 a 20% ao ano e reconquistar o primeiro lugar do mercado”, aposta Hartog.
Recém criada, a Corteva tem, de acordo com a Líder de Comunicação para Negócios da empresa, Maria Fernanda Brito, um grande desafio: “Nosso trabalho está muito forte em constituir a marca, respeitando todos os nossos propósitos e valores e criando uma forte identificação, tanto com o agricultor como co0m o pecuarista”. A construção da Corteva levou na bagagem várias marcas antigas, tradicionais e com uma história forte dentro do mercado. “Hoje nós temos duas marcas muito fortes de sementes, que é a Pioneer e a Brevant. Trabalhamos as duas individualmente e um dos nossos desafios é encontrar caminhos para vincular fortemente o nome Corteva junta a elas”, explica.
Mesmo com incertezas ainda assombrando o cenário político nacional, o otimismo do agro segue em alta, seja quanto ao aumento da produção e produtividade, quanto no suporte financeiro a um setor que carrega boa parte da economia nacional. “Tudo o0 que acontece na economia acaba impactando em nosso mercado. O número grande de pessoas desempregadas acaba reduzindo o consumo0 de carne e de leite e isso também, indiretamente, afeta as empresas. Com a reforma (previdenciária) saindo, com tudo andando novamente e com o ânimo dos investidores voltando, prevemos uma retomada do crescimento, provavelmente mais rápida do que conseguimos nos últimos anos”, aposta o Diretor de Marketing da DSM, Juliano Sabella.
Para o Gerente de Produtos de Pecuária da MSD, Emerson Botelho, o agronegócio vem mantendo o otimismo desde as mudanças ocorridas nas últimas eleições, e, por conta da própria força do segmento, e as conquistas desse início de governo, as perspectivas para o futuro se mostram promissoras. Otimismo que se reflete na disponibilidade de crédito para sustentar os projetos dom agro. “Nesse Plano Safra que acabou de começar, com uma linha de custeio com taxas de juro um pouco maiores, teremos mais de R$ 10 bilhões de custeio, seja de recursos livres, seja de recursos obrigatórios. Vamos operar no Pronaf, Pronan, também em linhas de grandes produtores, além de todo o portfólio de investimentos do BNDES, onde somos um dos maiores repassadores de recursos do BNDES, financiando máquinas e equipamentos, através do Moderagro, Inova Agro e Moderfrota”, conta o Diretor de Agronegócio do Bradesco.