Agricultura

Modelo de usina “flex” impulsiona etanol de milho no Brasil

Os modelos de usina “flex”, que possibilitam a produção do etanol por meio do processamento da cana-de-açúcar e do milho, estão impulsionando a produção do etanol de milho no Brasil. Atualmente, o Mato Grosso conta com usinas sendo três “flex” (produzem o biocombustível a partir da cana e do milho) e uma, em Lucas do Rio Verde, que atua apenas com o grão.

De acordo com dados da Unem (União Nacional do Etanol de Milho), existem projetos para que pelo menos outras sete usinas de etanol de milho sejam construídas ou ampliadas no Centro-Oeste e que nos próximos anos seja alcançada uma produção anual de 3 bilhões de litros.

Um levantamento realizado por Marcos Fava Neves, professor da USP/Ribeirão Preto e EAESP/FGV, aponta que uma planta industrial exclusiva para produção de etanol de milho tem um custo estimado em US$ 90 milhões, enquanto que o projeto de uma “flex” para operar em conjunto (cana e milho) durante todo o ano tem um custo estimado em US$ 60 milhões. Já para processar o milho somente na entressafra da cana, que é considerado um modelo “flex integrado”, o investimento estimado é de US$ 20 milhões.

A Agroicone aponta em um estudo que a instalação de uma usina de etanol de milho que produz 500 milhões de litros de etanol ao ano, além de dos coprodutos DDGs (Dried Distillers Grains), óleo de milho bruto e eletricidade, apresenta uma capacidade de gerar um valor de produção total de R$ 2,5 bilhões, um PIB de R$ 910 milhões e aproximadamente 4,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

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