As vendas de etanol hidratado combustível pelas distribuidoras seguem em expansão no Brasil. Em maio, atingiram 1,87 bilhão de litros, segundo dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). O volume representa um crescimento de 3% sobre o mês anterior.
Nesse mesmo período, o consumo de gasolina C (com adição de etanol anidro) diminuiu 2%, para 3,14 bilhões de litros.
Como resultado, a demanda de combustíveis leves (soma das vendas de gasolina e de etanol hidratado, em gasolina equivalente) permaneceu estável no País. Foram 4,45 bilhões de litros comercializados em maio, ante 4,47 bilhões de litros em abril.
Dessa forma, a participação do renovável nesse mercado atingiu 29,4%. Na comparação regional, esse percentual totalizou 10% no Norte-Nordeste e 35,5% na região Centro-Sul. Em Goiás, São Paulo e Mato Grosso, a participação ultrapassou a marca de 50%, ou seja, a venda do biocombustível pelas distribuidoras foi maior do que a de gasolina.
A forte demanda pelo etanol hidratado deriva do seu preço mais competitivo quando comparado ao do seu concorrente, a gasolina. Naqueles três Estados, a relação de preços está abaixo de 70% desde o início de 2019 e, nessas condições, abastecer com o biocombustível é mais vantajoso. Paraná e Minas Gerais também apresentaram paridade abaixo do patamar em maio e, portanto, favorável ao uso de etanol.
No agregado dos cinco primeiros meses do ano, houve um crescimento de 3% do consumo nacional de combustíveis leves. Enquanto o volume comercializado de etanol hidratado aumentou 37% (9,03 bilhões de litros de janeiro a maio de 2019, contra 6,60 bilhões de litros no acumulado de 2018), as vendas de gasolina caíram mais de 6% (uma queda equivalente a 1 bilhão de litros).
Vale lembrar que comparações isoladas com os valores registrados em maio de 2018 devem ser feitas com cuidado. Naquele mês houve a greve dos caminhoneiros, que terminou em 1º de junho de 2018, e afetou o abastecimento.